Emergentes culpam os ricos pelo aquecimento
Esse é um dos motivos por trás da pressão que essas nações estão fazendo nos países ricos, durante a reunião do IPCC que ocorre nesta semana em Bangcoc, na Tailândia. Os emergentes afirmam que as nações industrializadas são as maiores culpadas pelo aquecimento global, e que, por isso, elas devem arcar com a maior parte dos custos para resolver o problema.
Estados Unidos e União Européia rebatem as críticas. A China, apesar de ser um país considerado em desenvolvimento, é o segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas dos EUA.
Nesta quarta-feira (2), um integrante da delegação européia, Tom van Ierland, criticou o comportamento das nações emergentes. Ele pediu que os maiores poluidores não sejam usados como desculpa para os demais não fazerem nada a respeito.
Estados Unidos e China só se unem para defender uma mudança específica no relatório final. Os dois maiores poluidores do mundo não querem que o texto afirme que ações imediatas podem evitar os efeitos catastróficos do aquecimento. Eles questionam os dados que afirmam que essas medidas podem estabilizar os níveis de gases na atmosfera a ponto de limitar o aumento da temperatura.
As nações mais pobres, principalmente as da África, devem sofrer o maior impacto das mudanças climáticas. O único delegado da Líbia presente na reunião pediu que o relatório traga promessas de ajuda ao continente africano, que é “vítima, mas não está contribuindo para as emissões de CO2.”
O texto final do relatório, debatido por mais de dois mil cientistas de 120 países, sairá nesta sexta-feira (4). Seu objetivo será identificar tecnologias que possibilitem a diminuição das emissões de gases do efeito estufa em 26 bilhões de toneladas até 2030.
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