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Politica Brasil
Quarta - 02 de Maio de 2007 às 14:44

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Os tucanos contrataram o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), titular de cinco CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) em seis anos, para assessorá-los nas investigações no Congresso sobre o caos aéreo e as denúncias de corrupção na Infraero, conforme informações do jornal Correio Braziliense. Os trabalhos na Câmara dos Deputados devem começar amanhã. No senado, em meados de maio.

Paes de Barros já fez uma lista de assessores considerados essenciais para abrir a caixa preta da aviação no Brasil. A idéia é reunir parte da equipe da CPI do Banestado, presidida por ele entre 2003 e 2004, para apurar o envolvimento de autoridades federais e estaduais em um esquema de remessa ilegal superior a US$ 30 bilhões para o exterior.

O PSDB não quer fazer feio nas duas comissões criadas para apurar uma série de fatos considerados suspeitos pela oposição. O objeto das investigações incluiria os repetidos atrasos nos aeroportos, as condições de trabalho dos controladores de vôo, a compra da Varig pela Gol e licitações e contratos milionários assinados pela Infraero.

Os tucanos também querem se diferenciar da oposição barulhenta do Democratas, que pretende gastar toda a munição contra a gestão do deputado petista Carlos Wilson (PE), presidente da estatal entre 2003 e março de 2006.

No Senado, a tropa do PSDB é composta por Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA). Eles farão uma parceria com os democratas Antônio Carlos Magalhães (BA), José Agripino (RN) e Demóstenes Torres (GO). Senadores tucanos já pensam na dobradinha com a Câmara para minar as tentativas da base do governo em barrar requerimentos e diligências.

Espera-se que o senador Sérgio Guerra atue em parceria com o deputado federal Gustavo Fruet (PA), um dos três tucanos indicados para compor a CPI na Câmara. Monitorados por informações de Antero Paes de Barros, os dois funcionarão como o “cérebro” do PSDB nas comissões, encarregados de montar as estratégias de ataque. No Senado, Mário Couto será o “homem de impacto”, expressão usada por um tucano para definir a atuação do paraense. Vanderlei Macris (SP) e Zenaldo Coutinho (PA) cumpririam, na Câmara, esse papel de trazer a público as acusações mais contundentes.

Munição -- Antero Paes de Barros vai ditar o tom e a linha de trabalho dos tucanos nas duas CPIs. Suplentes na comissão no Senado, Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB, e Arthur Virgílio (AM), líder em exercício da legenda, também ficarão encarregados de municiar os titulares das CPIs com novos documentos e informações.

Os senadores instalam a comissão na segunda quinzena de maio, mas amanhã já começam as conversas para definir a estratégia e a linha de atuação na Casa. Também preparam o discurso contra eventuais críticas à escolha de Antero Paes de Barros como assessor especial da CPI do Apagão Aéreo.

Durante a CPI do Banestado, Paes de Barros foi acusado pela base aliada de envolvimento com o empresário João Arcanjo Ribeiro, o comendador Arcanjo, investigado pela CPI por evasão de divisas. Em defesa do ex-senador, tucanos vão argumentar que tudo foi uma armação.





Fonte: Correio Braziliense

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