Bezerra é quem mais usa verba indenizatória
Pedro Henry (PP), que conseguiu sobreviver ao mandato após acusação de envolvimento nos escândalos do mensalão e sanguessuga, vem em seguida, com recebimento de R$ 12,5 mil a título de verba indenizatória. O que menos consumiu foi o republicano Wellington Fagundes: R$ 1,2 mil.
Os R$ 15 mil de verba indenizatória a que tem direito cada um dos 513 deputados federais devem ser aplicados na cobertura de aluguel, em despesas com tarifas de água, luz, telefone, locação de veículo e material de escritório. Eles podem utilizar o dinheiro também para pagar consultoria.
Dos R$ 14,4 mil gastos em abril, Bezerra apontou R$ 6,9 mil de despesas com locomoção, hospedagem e alimentação e R$ 3 mil com trabalhos de consultoria e assessoria. Com combustíveis e lubrificantes diz ter gasto R$ 4,4 mil. Pedro Henry gastou R$ 5,4 mil com hospedagem e locomoção. Somente com combustíveis foram R$ 4,5 mil.
O petista Carlos Abicail apresentou despesas e foi reembolsado em R$ 9,7 mil. As notas apontam consumo de R$ 3,7 mil com combustíveis e lubrificantes, R$ 3,8 mil com material de divulgação de sua atividade parlamentar e R$ 1,1 mil com aquisição de material de expediente.
O deputado Valtenir Luiz Pereira (PSB) recebeu R$ 9,7 mil de verba indenizatória. Afirma ter consumido R$ 2,7 mil em aluguel de imóveis, R$ 2,3 mil em aquisição ou locação de software e serviços postais e R$ 2,5 mil em consultoria e pesquisas e trabalhos técnicos.
A deputada Thelma de Oliveira (PSDB) não recebeu verba em abril por estar licenciada. Sua vaga é ocupada pelo empresário tucano Neri Geller. Homero Pereira (PR) foi reembolsado em R$ 2,7 mil. Sua maior despesa sobre verba indenizatória foi com combustíveis: R$ 1,6 mil. Fagundes recebeu R$ 1,2 mil por ter consumido R$ 590 com locomoção, hospedagem e alimentação, R$ 138 com combustíveis e R$ 350 com locação de móveis e equipamentos.
O deputado Eliene Lima (PSB) recebeu R$ 8,6 mil. Afirma ter gasto R$ 4,5 mil com combustível, R$ 2,3 mil na compra de material de expediente e R$ 1,8 mil com consultorias.
Privilégios
Além da verba indenizatória de até R$ 15 mil, cada deputado tem direito a gastar mensalmente entre R$ 10 mil e R$ 17 mil de passagem aérea. O valor varia conforme a região de origem. No caso dos parlamentares mato-grossenses, o limite é até R$ 11 mil. O salário é de R$ 12,8 mil. O federal recebe ainda R$ 50,8 mil para contratar de cinco a 25 funcionários para atendimento em Brasília ou no Estado que representa. Esses servidores podem receber de um salário mínimo a R$ 8.080,00.
O parlamentar que não optar pelo apartamento funcional, tem direito a receber auxílio-moradia de R$ 3 mil para aluguel ou, se preferir, tem direito à quantia líquida de R$ 2,1 mil em dinheiro.
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