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Politica Brasil
Segunda - 30 de Abril de 2007 às 07:37

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O PT tomou mesmo gosto pelo poder. Perdeu a identidade, se igualou às demais legais, se envolveu em escândalos e agora quer mais e mais cargos. A ex-deputada estadual Vera Araújo, por exemplo, teve uma atuação na Assembléia como forte opositora ao governo Blairo Maggi (PR). Agora, sem mandato, foi a primeira a empurrar a legenda petista para os braços do governador.

No fundo, seu objetivo era conquistar cargo. E conseguiu. Será uma das secretárias-adjuntas de Educação, com salário de R$ 6 mil. A maior pasta da estrutura do governo do Estado a ser comandada pelo também petista, deputado Ságuas Moraes. A posse será no próximo dia 7. Assim, a professora Verinha não volta tão cedo à sala-de-aula.

O PT na gestão Maggi enfraquece politicamente a senadora Serys Marly. Assim como Verinha, ela fazia oposição ferrenha à administração, inclusive enfrentou Maggi nas urnas do ano passado. Agora, também se cala. Por outro lado, volta à cena Alexandre Cesar, do Campo Majoritário, após envolvimento em esquema de caixa em sua campanha a prefeito de Cuiabá. Vai assumir cadeira de deputado e, de quebra, ainda será interlocutor do governo Maggi junto ao PT.

Antes e depois

Eis algumas críticas de Verinha, enquanto opositora ao governo Maggi. Em dezembro de 2003, acerca do Orçamento do Estado: "A peça orçamentária já vem subestimada e tem um eixo claramente definido em torno da realização de obras, em prejuízo de setores sociais".

Sobre veto do governador às emendas para reajuste salarial dos servidores: "São frágeis e incoerentes as alegações do veto pelo governo". De Verinha, em resposta ao governador, para quem não fazia tanta diferença ter apoio do PT na Assembléia: "O governo Maggi não deve esperar do PT um apoio cego, sem visão crítica. É necessário que o governador reveja ou explique melhor essa declaração".

Em maio de 2005, Verinha defendeu reajuste ao funcionalismo e disparou: "Aqui consta que os servidores já receberam o reajuste de 5%, mesmo sem a aprovação do projeto pela Assembléia Legislativa. O governo está desviando o foco de questões políticas”. Sobre a situação da Unemat, a então deputada disse: É triste e preocupante a atual situação da Unemat e precisamos agir rápido para que isso não fique pior”.

Já em novembro de 2006, após ser reprovada nas urnas à reeleição, Verinha muda completamente o discurso em relação ao governo. Fala que a gestão Maggi está numa nova fase e emenda, numa referência à postura do governador quando da visita do presidente Lula a Barra do Bugres: "Estou surpresa com a fala do governador no evento. Foi uma das melhores que já acompanhei do governador. Ele fez um retrato da situação do Estado, das perspectivas de desenvolvimento e fez diversas reivindicações ao presidente”.





Fonte: RD News

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