Sete em cada dez brasileiros nunca visitaram um museu
De acordo com o estudo, as famílias brasileiras gastam, em média, 4% da renda com cultura. Contudo, a falta de oferta "vem da falta de educação e de exercício prático", diz o estudo, lembrando que a maioria dos brasileiros escuta a música que é tocada no rádio e desfruta o audiovisual através da televisão aberta, que é muito pobre de conteúdo."A falta de oferta se dá em todos os setores, são poucos os livros consumidos. A tiragem média é de 3 mil exemplares", aponta o secretário de Políticas Culturais do ministério, Alfredo Manevy.
Literatura
Os números mostram também que o livro ainda não chegou à casa de muitas famílias. Em média, as despesas anuais com audiovisual somam 41,2% dos gastos culturais das famílias, "apenas 1,65% é investido na compra de livros", diz estudo.
O estudo conclui ainda que "boa parte do consumo é feita dentro de casa, no âmbito familiar, seja a música, o cinema ou a televisão. Isso coloca o desafio de espaços públicos de socialização", afirma o pesquisador Frederico Barbosa, autor dos livros, que estudou o assunto durante dois anos e meio.
Para aumentar o acesso da população, o Minc criou o Tíquete Cultura, que aguarda sanção presidencial. Se aprovado, funcionará como o Tíquete Alimentação, em que o cidadão escolhe onde vai comer. No caso do Tíquete Cultura, escolhe que obras vai assistir ou que livros vai comprar. Entretanto, segundo Barbosa, tal política não será suficiente, pois "quem vai usar é quem já valoriza".
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