Casa Civil diz que Pagot não responde a processos
O blog informa ainda que o Ministério Público de Mato Grosso investiga um negócio suspeito feito em 2003 por Pagot e Moacir Pires, secretário do Meio Ambiente e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) de Mato Grosso.
Por meio da assessoria de imprensa, a Casa Civil informou que na pesquisa feita sobre a situação atual de Pagot não há nada que o impeça de assumir o cargo. A pesquisa é feita com base no CPF do indicado e faz buscas sobretudo para verificar se o futuro ocupante de uma função pública responde por algum processo na Justiça. No caso de Pagot, segundo a assessoria, a pesquisa resultou negativa.
Segundo Noblat, Pagot trabalhou, ao mesmo tempo, como funcionário do Senado (de 1995 a 2002) e diretor-superintendente da Hermasa Navegação da Amazônia, empresa privada com sede em Itacoatiara, a 240 quilômetros de Manaus. E omitiu essa informação no currículo que acompanha a mensagem, ao Senado, de sua indicação para o Dnit.
Pagot disse que a informação não constou no currículo por não considerá-la relevante. Ele disse que omitiu outras ocupações, como ter sido vice-presidente da Confederação Brasileira das Associações Comerciais.
- Fiz um currículo extremamente simples, porque esse foi o pedido de Brasília, e omiti vários outros cargos que ocupei.
Ele admitiu ter, simultaneamente, assessorado o senador Jonas Pinheiro (MT) e dirigido a Hermasa. Mas disse que, em 1995, o Senado foi consultado e não impôs obstáculos. Disse ainda que sempre declarou as duas fontes de pagamento ao Imposto de Renda. Segundo ele, a assessoria não implicava a presença física diária em Brasí$. Ele fazia contato com prefeitos e empresários.
- Nunca me considerei funcionário fantasma, mas sim um grande colaborar do senador.
Pagot disse estar tranqüilo e acreditar que as denúncias sejam obra de pessoas preocupadas com sua ida para o Dnit.
- Sou um trabalhador obstinado, sou honesto.
O Ministério dos Transportes não comentou a denúncia.
Comentários