Em baixa, Murilo Domingos usa servidores como trunfo
Mal articulado, com um secretariado cuja maioria tem atuação pífia e isolado politicamente, Murilo ainda enfrenta uma oposição ferrenha e, às vezes, inconsequente. A manter o mesmo ritmo administrativo, não terá condições políticas de arriscar sequer a reeleição.
Murilo derrotou nas urnas a força dos Campos, que há décadas vinham transformando Várzea Grande num curral eleitoral. Dois anos e três meses depois no cargo de prefeito, o ex-deputado federal não conseguiu até agora, sequer, inaugurar a sede do Paço Couto Magalhães, que continua em reforma. Despacha sua casa alugada. Sua administração segue a passos de tartaruga e acabou recebendo o apelido de "Murilo Dormindo", a partir de um comentário do ex-senador Antero de Barros.
À frente do segundo maior colégio eleitoral do Estado, o prefeito Murilo atraiu para si alguns partidos, mais por causa da fatia de cargos. Agora, motivado pelas articulações visando à sucessão de 2008, pré-candidatos e suas legendas começam a "bombardeá-los". Até mesmo o governador Blairo Maggi, presidente do PR, mesmo partido de Murilo, não demonstra empolgação com o projeto de recandidatura do seu aliado. Já adiantou que o PR, com 74 prefeitos no Estado, buscará alternativas com vistas à sucessão do próximo ano onde seus gestores estiverem "mal das pernas".
Prefeitáveis
Há uma inflação de pré-candidatos a prefeito de Várzea Grande. O PP trabalha o nome do deputado estadual Maksuês Leite, assim como o DEM (ex-PFL) lançou o também deputado Wallace Guimarães. Ambos já concorreram à prefeitura em 2004. O PMDB anunciou que deve disputar projeto próprio com o vice-prefeito Nico Baracat, que já rompeu com Murilo. O PSB articula o nome do jornalista Eraldo Lima.
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