Casa Civil garante que ficha de Pagot está limpa
Segundo a Casa Civil, a ficha de Pagot está limpa. Destaca que na pesquisa feita sobre atuação do futuro diretor-geral do Dnit não há nada que o impeça de assumir o cargo. A busca foi feita com base no CPF. Obteve aval até da Agência Brasileira de Inteligência.
Noblat informou em seu blog que Pagot trabalhou como assessor no Senado de Jonas Pinheiro, de 1995 a 2002 e, ao mesmo tempo, como diretor-superintendente da Hermasa Navegação da Amazônia, empresa privada com sede em Itacoatiara e pertencente ao Grupo Amaggi, do governador Blairo Maggi. Esse duplo cargo que, em tese, contraria a Lei 8.112, de 1990, sobre o regime jurídico dos servidores públicos da União, foi omitido por Luiz Pagot no corrículo que acompanhou a mensagem para o Senado de sua indicação ao posto do Dnit. Com isso, levantou-se suspeita até de falsidade ideológica.
Outra acusação já divulgada em Mato Grosso, mas que nesta sexta ganhou destaque no blog de Noblat foi o que se convencionou chamar de negócio suspeito entre Pagot e o ex-secretário de Meio Ambiente na primeira gestão Maggi, Moacir Pires. O Ministério Público mato-grossense está investigando o caso. Trata-se da compra de um apartamento "quase de graça" feita por Pagot, numa transação comercial com Pires.
Alegações
Pagot argumenta que a informação sobre ocupar dois cargos ao mesmo tempo não foi inserida no currículo por considerá-lá irrelevante. Observa que omitiu outras informações como, por exemplo, de ter atuado como consultor do Sebrae. Admite que atuou na assessoria do senador Jonas Pinheiro e também na direção da Hermasa simultaneamente e destaca que, à época, o Senado foi consultado e não impôs obstáculos. Diz que sempre declarou as duas fontes no Imposto de Renda.
Com aval do presidente Lula e do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, Pagot será sabatinado no Senado nos próximos dias. A bancada do PR, a pedido do governador Maggi, está articulando para o nome do filiado ser aprovado.
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