Cemat contribui para evitar o aquecimento global
As termelétricas usavam o diesel como combustível e, ao serem desativadas, a REDE deixou de emitir mais de 382 mil toneladas de gás carbônico no período de 2001 a 2007. Respaldada pelo Protocolo de Kyoto, a holding pôde comercializar esses créditos com países que são obrigados pela Organização das Nações Unidas (ONU) a reduzir a quantidade de gás emitido na atmosfera.
Para poder comercializar os créditos de carbono, a REDE desenvolveu uma metodologia inédita e pioneira nesta área, que prevê a quantificação dos créditos de carbono provenientes da interligação de sistemas isolados e conseqüente desativação de usinas diesel.
A metodologia e o projeto - que contaram com a assessoria da Ecoinvest Carbon - foram validados pela SGS United Kingdom, autorizada pela ONU para fazer a validação dos projetos das empresas que desejam vender os créditos. Depois de validado e auditado, o projeto foi enviado para a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, que é a entidade brasileira responsável por autorizar e aprovar projetos que visam a comercialização de créditos de carbono no país. Aprovado por esta Comissão o projeto foi, finalmente, enviado à ONU para emissão dos certificados de créditos de carbono, possibilitando a negociação direta com os interessados.
“A aprovação desta metodologia pela ONU é pioneira e representa um marco para o Setor Elétrico brasileiro, pois reconhece a importância dos projetos de interligação elétrica de áreas isoladas no país e o conseqüente benefício proveniente da desativação das usinas dieselétricas para o meio ambiente e para a contenção do aquecimento global”, afirma José Antonio Sorge, Vice-Presidente de Mercado e Relações Institucionais da REDE.
Para desativar as termelétricas a REDE investiu R$ 113 milhões em Mato Grosso para construir 550 quilômetros de linhas de transmissão de 138 kV e 602 quilômetros de linhas de transmissão de 34,5 kV, e R$ 35 milhões no Tocantins, construindo 694 quilômetros de linhas de transmissão de 34,5 Kv.
“É importante ressaltar que estes investimentos também colaboram para a redução das despesas com a Conta de Consumo de Combustíveis dos Sistemas Isolados (CCC), contribuindo para a modicidade tarifária em todo o país”, complementa Sorge.
Com esta metodologia aprovada, todos os projetos que demandem investimentos na interligação de sistemas isolados no país passarão a ter direito a créditos de carbono, o que torna os investimentos mais atrativos.
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