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Politica Brasil
Quinta - 26 de Abril de 2007 às 13:36

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O confronto político envolvendo uma ala da Assembléia Legislativa capitaneada pelo deputado estadual José Riva, do PP, e o governo de Maggi, suspendeu todos os trabalhos do Poder Legislativo por pelo menos uma semana.

O embate foi alimentado pelo deputado estadual Maksuês Leite (PP), que pediu hoje de manhã vistas as três mensagens do governo de Mato Grosso que tratam do reajuste salarial dos policiais militares.

Os projetos, polêmicos, prevêem o subsídio aos oficiais e o plano de cargos e carreiras dos praças. Com isso, as mensagens só voltarão a plenário na próxima quarta-feira.

Em resposta a Maksuês, o deputado Mauro Savi, do PR, líder do governo na AL, pediu vistas as outras mensagens que tramitam na Casa. Ou seja, nenhum projeto deve ser aprovado nos próximos cinco dias. Ao que tudo indica, essa queda-de-braço deve permanecer enquanto o projeto do aumento dos policiais não for resolvido.

A polêmica é que a mensagem do governo só estabelece aumento aos subsídios dos oficiais, em cerca de 20%, e exclui qualquer reajuste aos praças (de soldado até sub-tenente). Maksuês explicou que está respaldado no artigo 222 do regimento interno e espera com isso que governo e polícias entrem em um consenso.

O governador Blairo Maggi antes de viajar aos Estados Unidos esperava que o projeto fosse votado na íntegra, ou seja, sem emendas. Na íntegra, significa a não inclusão de aumento aos praças.

Com a estratégia de Maksuês, o líder do governo, deputado Mauro Savi (PR), resolveu travar todos os demais projetos que foram colocados em pauta e aproveitou o mesmo expediente para pedir vistas.

Isso gerou a revolta do deputado Ademir Brunetto (PT): “não estou entendendo o que está acontecendo hoje nesta Casa. Estamos vendo aqui uma infantilidade. Esta queda-de-braço não pode sobrepor a vontade dos parlamentares”.

Brunetto expôs a queda-de-braço entre alguns deputados da AL e o governador Blairo Maggi. As mensagens da PM estão há cerca de três semanas na pauta de votação e não são votadas. Há uma semana, Maggi se reuniu com 20 dos 24 deputados e teve a garantia da base de sustentação, de ampla maioria, que o projeto de subsídio dos oficiais seria votado sem emendas.

Um foco de resistência está no PP do deputado José Riva. Em recente solenidade no Palácio Paiaguás, o governador, em tom de ameaça, disse que caso a AL derrubasse seu veto ao projeto de Riva que pretende destinar 30% dos recursos do Fethab que mandaria suspender o “pacotão” de obras anunciado principalmente ao setor rodoviário. Isso gerou um clima de mal-estar com o PP.

Os deputados que compõem a comissão de segurança da Assembléia modificaram o projeto proposto pelo governo estadual e isso deve acender ainda mais o embate entre os poderes. Pelo discutido na tarde de quarta-feira, os parlamentares definiram que os oficiais e os praças vão receber aumento a partir de janeiro do ano que vem. Essa idéia teria sido debatida com a presença de representantes dos militares. Eles teriam chegado a um acordo. Agora, resta saber se o governo vai aceitar o propósito.

A explicação do governo é que os praças já foram favorecidos com o reajuste e os oficiais aguardavam o subsídio desde o ano passado.





Fonte: Midia News

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