Chávez tem sido um aliado excepcional, diz Lula
Lula usou tom ameno sobre a tensa relação com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, com quem o Brasil negocia uma indenização para a Petrobras. "É preciso por as coisas em seu lugar. Primeiro, me parece excepcional que Bolívia tenha elegido um presidente como Evo Morales. Ninguém tem a cara da Bolívia como Evo. Há problemas secundários. É como no Brasil: não estava previsto que um metalúrgico chegaria ao poder. E eu causei desconfiança" , comparou.
Ainda sobre o assunto, Lula continuou: "...E muitos se perguntavam se estava preparado. Creio que a gente aprende. É importante recordar que o plebiscito foi antes de que chegara Evo Morales. Considero natural que Evo queira nacionalizar. Tem que reivindicar o preço justo para os países que vão comprar", disse Lula. "Passamos por momentos muito auspiciosos e não podemos permitir que nossas divergências do século XIX prejudiquem o futuro", completou o presidente, levando à uma associação inevitável com o denominado "socialismo do século XIX" de Hugo Chávez.
'Bom governo'
O Clarín, da Argentina preferiu enfocar a política local, já que o país realizará eleições para presidente em outubro próximo. O presidente Néstor Kirchner "tem feito um bom governo para a Argentina", disse Lula, completando que "sua continuidade é extremamente importante para a integração regional".
Lula também expressou sua "admiração" pela "vontade que o presidente Kirchner colocou para reconstruir a indústria argentina". O presidente Lula também afirmou que "a Argentina e o Brasil nunca tiveram antes uma relação tão intensa e produtiva como a de agora". O carisma e a simpatia do brasileiro durante a entrevista foi motivo de destaque do Clarín.
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