Assembléia discute hoje PAC para Baixada Cuiabana
“Temos que entender Mato Grosso como um todo. O Estado tem que ter um crescimento de forma equânime. Há a preocupação isolada de algumas regiões e seus prefeitos, como é o caso da região do Vale do Rio Cuiabá. Esses municípios não recebem a devida atenção do governo sendo que, só na baixada, vivem 47% da população mato-grossense”, explicou Sérgio Ricardo, ao justificar a audiência.
Os municípios que fazem parte dessa região são: Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande.
De acordo com o deputado - autor do projeto de lei que cria a região metropolitana - o Governo Federal começa a distribuir os recursos dividindo-os primeiro por regiões metropolitanas, depois por aglomerados urbanos, e posteriormente aos municípios. “Uma outra medida será retomar a aprovação desse projeto para criarmos em Cuiabá e municípios adjacentes a região metropolitana e pleitearmos assim mais recursos federais. Vamos começar um ciclo de conversações para levantarmos a real demanda da Baixada e já avançamos ao marcar a primeira reunião entre os deputados e os 13 prefeitos”, declarou Sérgio Ricardo.
O prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, presidente em exercício da AMM, defendeu o tratamento igualitário entre os municípios no tocante aos recursos. “Nós, como instituição, queremos que os municípios da Baixada tenham a mesma chance de desenvolvimento que os demais e não que os recursos se concentrem apenas na região Sul, em Rondonópolis, na região produtora como Lucas e Mutum, ou em Cuiabá e Várzea Grande”, frisou.
O presidente da AMM ressalta ainda, que os municípios ao redor da Capital enfrentam sérios problemas de ordem estrutural e social. “Temos um grande problema de geração de emprego e renda em cidades centenárias como Barão de Melgaço, e somam-se a isso problemas de analfabetização, taxa de saneamento, que colocam essas cidades em índices de IDH´s iguais ou piores que cidades do Nordeste, a região mais pobre do país, isso precisa mudar”, externa Gonçalves.
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região do Vale do Rio Cuiabá, ao encampar os debates, o deputado Sérgio Ricardo reassume seu compromisso com o municipalismo. “Temos certeza que o deputado será o start inicial para essa discussão. Queremos definir com todas as autoridades quais ações vamos fazer para poder mudar esse estado de ´coisas´ que temos aqui. Municípios com mais de 100 anos próximos da Capital e com índices de desenvolvimento humano iguais aos mais baixos do país”, justifica.
O presidente da AL, concluiu que as conversações estão apenas começando e ainda será feito em Cuiabá, um seminário a exemplo do que aconteceu em Sinop – ´Dificuldades, Desafios e Soluções´ – envolvendo todas as categorias no debate sobre o PAC para a Baixada Cuiabana.
“Nossa meta é trabalhar um plano de desenvolvimento e crescimento para estes municípios a curto, médio e longo prazo. Não podemos mais aceitar que Mato Grosso tenha ilhas de esquecimento e focos de abandono. Nosso estado não pode mais conviver com essas desigualdades regionais. Temos um só povo e as soluções têm que chegar para todos ao mesmo tempo”, finalizou o presidente da AL, Sérgio Ricardo.
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