Deputados devem votar hoje o projeto que prevê aumento aos PMs
O projeto é polêmico e sua análise tem posto em lados opostos os parlamentares. Logo no início da sessão, o deputado José Riva (PP), disse na tribuna que a matéria merecia ser discutida melhor com a categoria, no caso, os militares.
Na seqüência, o líder do governo na Assembléia, Mauro Savi (PR) discordou de Riva ao dizer que o plano do reajuste tinha sido debatido à exaustão. Já o deputado José Carlos do Pátio (PMDB) pediu cautela na aprovação da proposta. Militares assistiam à sessão. O deputado Humberto Bosaipo (DEM) insistia em analisar o projeto hoje.
O plano original, elaborado pelo governo estadual, aumenta em 20% os salários apenas dos oficiais. Os praças (de soldado a sub-tenente) ficariam fora do benefício e isso tem provocado as discussões.
O projeto já havia sido encaminhado à Assembléia pelo governador Blairo Maggi. Como os praças pressionaram para receber também o reajuste, Maggi retirou a proposta. Ele viajou para os Estados Unidos nesta terça-feira e resolveu encaminhar o estudo de novo, pondo em prova sua influência no Poder Legislativo. Maggi torce pela aprovação do plano original, mas deputados já se manifestam favoráveis às emendas que mudariam a intenção do governador. Isto é, os praças seriam incluídos no aumento.
A explicação do governador Blairo Maggi (PR) é que os praças já foram favorecidos com aumento e, os oficiais, aguardam o reajuste desde o ano passado. Cálculos do governo indicam que o aumento aos oficiais deve causar um impacto de R$ 13 milhões na folha de pagamento. Se incluísse os praças no plano, o choque alcançaria algo em torno de R$ 50 milhões.
De acordo com a Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar a evolução salarial dos militares mostra que um soldado classe A (início de carreira) recebia salário de R$ 760 em 2000, quantia que saltou para R$ 1.114,89 no ano passado, um acréscimo de 46,7%. Já um soldado classe D (ponto máximo da patente) tinha em 2000 o salário de R$ 930 e hoje recebe R$ 1.783,83 por mês, uma variação de 91,81%.
Já um coronel, graduação máxima da Polícia Militar, recebia em 2000 R$ 8.000,00 e em 2006, R$ 9.603,26, diferença de 20%.
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