Sérgio Ricardo propõe PAC para a Baixada Cuiabana
Os prefeitos, junto ao presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região do Vale do Rio Cuiabá, Carlos Roberto da Costa, reivindicam mais recursos aos 13 municípios da região, que segundo eles, não serão contemplados no ´pacotão´ anunciado pelo Governo do Estado. “Temos que entender Mato Grosso como um todo. O Estado tem que ter um crescimento de forma equânime. Há a preocupação isolada de algumas regiões e seus prefeitos, como é o caso da região do Vale do Rio Cuiabá. Esses municípios não recebem a devida atenção do governo sendo que, só na baixada, vivem 47% da população mato-grossense”, explicou Sérgio Ricardo.
A proposta do parlamentar é reunir os deputados estaduais e os prefeitos dos 13 municípios: Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande.
De acordo com o deputado - autor do projeto de lei que cria a região metropolitana - o Governo Federal começa a distribuir os recursos dividindo-os primeiro por regiões metropolitanas, depois por aglomerados urbanos, e posteriormente aos municípios.
“Uma outra medida será retomar a aprovação desse projeto para criarmos em Cuiabá e municípios adjacentes a região metropolitana e pleitearmos assim mais recursos federais. Vamos começar um ciclo de conversações para levantarmos a real demanda da Baixada e já avançamos ao marcar a primeira reunião entre os deputados e os 13 prefeitos”, declarou Sérgio Ricardo, ao mencionar que a reunião acontecerá no auditório Renê Barbour, nesta quinta-feira (26), às 17 horas.
O prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, presidente em exercício da AMM, defendeu o tratamento igualitário entre os municípios no tocante aos recursos. “Nós, como instituição, queremos que os municípios da Baixada tenham a mesma chance de desenvolvimento que os demais e não que os recursos se concentrem apenas na região Sul, em Rondonópolis, na região produtora como Lucas e Mutum, ou em Cuiabá e Várzea Grande”, frisou.
O presidente da AMM ressalta ainda, que os municípios ao redor da Capital enfrentam sérios problemas de ordem estrutural e social. “Temos um grande problema de geração de emprego e renda em cidades centenárias como Barão de Melgaço, e somam-se a isso problemas de analfabetização, taxa de saneamento, que colocam essas cidades em índices de IDH´s iguais ou piores que cidades do Nordeste, a região mais pobre do país, isso precisa mudar”, externa Gonçalves.
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região do Vale do Rio Cuiabá, ao encampar os debates, o deputado Sérgio Ricardo reassume seu compromisso com o municipalismo. “Temos certeza que o deputado será o start inicial para essa discussão. Queremos definir com todas as autoridades quais ações vamos fazer para poder mudar esse estado de ´coisas´ que temos aqui. Municípios com mais de 100 anos próximos da Capital e com índices de desenvolvimento humano iguais aos mais baixos do país”, justifica.
O presidente da AL, concluiu que as conversações estão apenas começando e ainda será feito em Cuiabá, um seminário a exemplo do que aconteceu em Sinop – ´Dificuldades, Desafios e Soluções´ – envolvendo todas as categorias no debate sobre o PAC para a Baixada Cuiabana.
“Nossa meta é trabalhar um plano de desenvolvimento e crescimento para estes municípios a curto, médio e longo prazo. Não podemos mais aceitar que Mato Grosso tenha ilhas de esquecimento e focos de abandono. Nosso estado não pode mais conviver com essas desigualdades regionais. Temos um só povo e as soluções têm que chegar para todos ao mesmo tempo”, finalizou o presidente da AL, Sérgio Ricardo.
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