Prefeitos reclamam de diferenças no 'PAC'
Anunciado na semana passada pelo governador Blairo Maggi, o pacote envolve obras em vários pontos do Estado, com um investimento total de R$ 217 milhões em recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A discussão envolvendo a Baixada Cuiabana promete se acirrar em paralelo ao projeto de lei para a destinação de 30% do recolhimento do Fethab aos municípios, de autoria do deputado José Riva (PP) e vetado pelo Executivo.
A audiência foi requerida ontem ao presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo (PR), e está marcada para às 17h de amanhã. A estratégia de pressão sobre os deputados será balizada numa lista contendo os votos contabilizados por cada um dos parlamentares dos eleitores da região. Outra plataforma de convencimento é a concentração populacional na área, que corresponde a 47% dos habitantes do Estado.
A reclamação foi encaminhada formalmente na manhã de ontem pelo presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Vale do Rio Cuiabá, Carlos Roberto da Costa, o Nezinho, prefeito de Nossa Senhora do Livramento, e pelo presidente em exercício da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Zeno Gonçalves.
A investida se dará de maneira mais incisiva em pelo menos 10 dos 24 deputados, cujas bases eleitorais se concentram no Vale do Rio Cuiabá: Roberto França (PR), Chico Galindo (PTB), Carlos Avalone (PSDB), Chica Nunes (PSDB), Walace Guimarães (DEM), João Malheiros (PR), Maksuês Leite (PP), Walter Rabello (PMDB), Campos Neto (PP) e ainda Sérgio Ricardo.
“Temos uma estagnação econômica nos municípios periféricos que ficam à sombra de Cuiabá. São municípios centenários como Barão de Melgaço ou Rosário Oeste, que concentram inúmeros gargalos e que precisam da atenção do poder público”, defende o presidente em exercício da AMM, Zeno Gonçalves. “Talvez os maiores problemas estejam aqui em função da grande população, mas falta recursos à região”, complementa o presidente o consórcio e prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Carlos Roberto da Costa.
Na semana passada, quando lançou o pacote de obras, orçado em R$ 217 milhões, em parcerias, o governador Blairo Maggi lembrou que alguns municípios e citou Várzea Grande, que ficaram de fora. Maggi disse que ainda este ano lança um novo programa, mas não precisou a data.
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