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Meio Ambiente
Quarta - 25 de Abril de 2007 às 02:18

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A Nasa vai pôr em órbita nesta quarta-feira uma sonda que estudará durante dois anos os conjuntos de nuvens que se formam nas regiões polares e que recebem de forma direta o impacto da mudança climática, informaram a agência.

"Tudo está pronto. Não há problemas para a partida" da sonda Aeronomy Of Ice in the Mesosphere (AIM) da base Vandenberg da Força Aérea dos Estados Unidos na Califórnia, disse um porta-voz da agência espacial.

O lançamento da AIM a bordo de um foguete Pegasus XL deverá ocorrer às 17h26 de Brasília.

"Aqui na Califórnia as condições atmosféricas não parecem representar problemas", disse o porta-voz.

Fontes da Nasa informaram que a AIM entrará em funcionamento nos próximos dias. O objetivo central da missão será analisar modificações na estrutura de nuvens polares que seriam influenciadas pela poluição atmosférica e pela mudança climática.

Segundo cientistas da agência espacial, nos últimos anos essas nuvens, que se encontram na mesosfera, cerca de 80 quilômetros acima da superfície terrestre, vêm aumentando em número e em brilho.

"Elas indicam as condições nos extremos superiores da atmosfera terrestre e são um importante elo nos processos que têm como resultado a passagem da energia solar", explicou Mary Mellot, cientista do programa, no início deste mês, quando foi anunciado o objetivo da missão.

As nuvens que serão estudadas são formadas principalmente por água congelada. O seu ciclo de vida é controlado por uma complexa interação entre as temperaturas, o vapor, a atividade solar, a química atmosférica e pequenas partículas que constituem o núcleo dos cristais de gelo.

A sua existência foi detectada pela primeira vez no século XIX, depois da erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia.

As primeiras observações durante o dia e com a ajuda de satélites aconteceram em 1969, e passaram a ser feitas de maneira regular a partir de 1982, com o Solar Mesosphere Explorer da Nasa.

A AIM utilizará três instrumentos para medir a pressão e a temperatura atmosféricas, a umidade e as dimensões das nuvens. Os dados ajudarão a determinar a função delas como indicador da mudança climática no planeta, segundo a Nasa.




Fonte: EFE

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