Furacão: OAB critica libertação de magistrados

O presidente da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damos, afirmou neste domingo que o desmembramento do processo da Operação Furacão da Polícia Federal, determinado neste sábado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso, "possibilitou uma distorção e criou uma situação complicada".

Segundo Damos, "se é para prender alguns magistrados, que prendam todos. Se é para soltar, que soltem todos." Damous reconheceu que o desmembramento é possível, embora discorde dele.

O presidente da OAB do Rio de Janeiro estranhou o fato de Peluso não se pronunciar sobre a situação funcional dos desembargadores. "Eles próprios devem pedir o afastamento dos seus cargos no Tribunal Regional Federal, mas isso é uma questão da consciência de cada um", disse.

O desmembramento do processo possibilitou a libertação de três magistrados que haviam sido detidos pela Operação Furacão da PF, que prendeu 25 pessoas no último dia 13 com suspeita de envolvimento com jogos ilegais. Entre os detidos estão membros da polícia e do judiciário.