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Nacional
Domingo - 22 de Abril de 2007 às 02:36

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Embora tenha interpretado como "uma tese" a declaração do ministro Tarso Genro (Justiça), segundo a qual não se "surpreenderia" se gente do Legislativo estiver envolvida na máfia do jogo ilegal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), revidou ao dizer que qualquer poder pode estar envolvido, até o Executivo.

"Ele analisou como uma tese. E, na tese, o braço da corrupção pode estar em qualquer poder, inclusive no Executivo. Torço para que esse tipo de previsão não se confirme, nem no Legislativo nem em outra esfera de poder", disse Chinaglia, após participar em Ouro Preto, ao lado do governador Aécio Neves (PSDB), da cerimonia da Inconfidência Mineira.

O presidente da Câmara disse que é preciso aguardar as investigações da Polícia Federal, mas que, se houver parlamentares envolvidos, ele tomará "todas as medidas necessárias" para apurar e julgar.

Também agraciado com a comenda da Inconfidência, o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, comentou os efeitos das operações da Polícia Federal e disse que o Brasil ainda não chegou "ao fundo do poço".

D.Geraldo não criticou diretamente o Judiciário. Falou da questão como sendo uma mazela brasileira. "Estamos em momento de crise. Não é a crise que vai ser a regra geral da vida do país. Nós vamos chegar a um ponto de saturação. Talvez ainda nem tenhamos chegado ao fundo do poço, mas que seja um momento de reconstrução", afirmou.

Indagado se esse fundo está ainda longe, o cardeal completou: "Quando a gente vê alguma coisa que não imaginava que era possível, a gente imagina que ainda pode ter outras".





Fonte: Agência Folha

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