Estudo aponta queda da desigualdade de renda no Brasil
Segundo o estudo, o índice Gini passou de 0,593, em 2001, para 0,566, em 2005 comprovando que o ritmo de crescimento da renda da população mais pobre foi superior ao da parcela mais rica do País. Na análise feita pelo Ipea houve um incremento anual de 0,9% da renda per capita nacional, no qual o crescimento dos 10% mais pobres foi de 8% ao ano. Enquanto que a renda dos 10% mais ricos caiu 0,3%.
Para o instituto, portanto, o período avaliado foi marcado por duas transformações importantes na distribuição de renda brasileira: houve crescimento da economia e a desigualdade caiu de maneira acentuada. Além disso, esses números mostram que houve redução de 4,5 pontos percentuais da população de pobres e de 4,2 dos extremamente pobres.
Dentre os fatores responsáveis pela queda na desigualdade de renda brasileira no período estudado estão as mudanças na distribuição de renda no trabalho que explicam 46% dessa redução; e a evolução da renda não proveniente do trabalho com contribuição de 42% para se atingir esses resultados. Este último fator consiste, por exemplo, nas transferências governamentais, como o Bolsa-Família, o pagamento de benefícios do INSS e os repasses do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O Bolsa-Família, o maior dos programas de transferência de renda do governo federal, beneficia 11,1 milhões de famílias em todos os municípios do Brasil.
O coeficiente Gini
O coeficiente Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida, em 1912, pelo estatístico italiano Corrado Gini. É muito utilizado para calcular a concentração de renda de um país, mas, também, pode ser usado para medir o grau de concentração de qualquer distribuição estatística (concentração de posse de terra de uma região, por exemplo). Consiste em um índice entre 0 e 1, no qual o 0 corresponde à completa igualdade de renda (todos têm a mesma renda) e o 1 se refere a total desigualdade (uma pessoa concentra toda a renda).
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