Após escândalo, Alexandre César recupera prestígio
Graças a uma articulação do seu ex-adversário político, governador Blairo Maggi (PR), que abriu espaço ao PT na administração, Alexandre Cesar volta a ganhar poder interno e, de quebra, ainda se tornará um dos principais articuladores da legenda petista em defesa do atual governo. Em 2002, Cesar disputou o Palácio Paiaguás e foi derrotado pelo próprio Maggi. À época foi fez duros ataques ao hoje aliado.
O novo deputado viu cair por terra o discurso da ética, da transparência e da moralidade após as eleições de 2004, quando disputou e perdeu a Prefeitura de Cuiabá. Além do processo em que foi acusado de fraude eleitoral, deixou a direção regional do PT atolada em dívidas. Para complicar sua situação, foi citado no relatório final do inquérito que apurou o dossiê antitucano. Embora não tenha sido responsabilizado, o delegado federal Diógenes Curado declarou, à época, haver fortes indícios de que "a oferta do dossiê" teve o apoio tanto de Cesar quanto do deputado federal Carlos Abicalil. Os dois trocaram várias ligações com o empreiteiro Valdebran Padilha no começo da negociação do dossiê.
Mesmo sob acusação e mergulhado em desgaste, Alexandre Cesar concorreu a deputado estadual no ano passado e, com 18.412 votos, ficou na primeira suplência. Ele ocupará agora a vaga do deputado Ságuas Moraes, que passa a comandar a Educação, maior pasta da estrutura da máquina pública estadual.
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