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Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Quinta - 19 de Abril de 2007 às 07:44

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A China vai superar os Estados Unidos e se tornar o maior emissor mundial de dióxido de carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa, neste ano ou no próximo, disse na quarta-feira o economista-chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.

A estimativa é muito mais precisa do que a previsão anterior da AIE, de novembro passado, alertando que na tendência atual a China iria superar os Estados Unidos antes de 2010. "Neste ano ou no próximo", disse Birol ao respoder a pergunta sobre quando a China vai superar os EUA. A AIE é conselheira para questões de energia de 26 países desenvolvidos e Birol é responsável pelo relatório anual da entidade sobre o setor (World Energy Outlook).

O fato de liderar o ranking dos maiores emissores de carbono poderá pressionar Pequim a ser mais ativa na questão da mudança climática. Dados recentes mostram que a China está construindo usinas termelétricas alimentadas com carvão à média de 1 a cada 4 dias, disse John Ashton, funcionário de alto escalão do Ministério de Relações Exteriores britânico. A energia gerada por fontes fósseis, como o carvão, é um dos fatores que aumentam o efeito estufa.

O governo chinês tem a difícil missão de ajustar um crescimento de 10 por cento ao ano com preocupações ambientais e necessidades de aumento de energia. Birol afirmou que o rápido crescimento da China coloca em suspenso os esforços do Ocidente em combater as mudanças climáticas. "O que fazemos na Europa é feito com boas intenções, uma coisa ética, mas se você coloca essas ações em termos de números seu impacto é muito limitado", disse Birol.

A China, por ser um país em desenvolvimento, ficou de fora da lista de países que se comprometeram no Protocolo de Kyoto a reduzirem as emissões de gases causadores do efeito estufa, assim como outros países emergentes. Os EUA possuem uma meta de redução, mas se recusaram a assinar o protocolo, que já está em vigor. Há pressão dos países desenvolvidos para que as nações em desenvolvimento como a China, a Índia e o Brasil participem com metas de redução de emissões da próxima rodada de metas, ainda em discussão.





Fonte: Reuters

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