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Politica Brasil
Quinta - 19 de Abril de 2007 às 06:10

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A deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) negou ontem que tenha recebido qualquer recurso do grupo do bicheiro Aílton Guimarães, o Capitão Guimarães, para sua campanha eleitoral, embora seu nome apareça em relatório reservado do serviço de inteligência da Polícia Federal. O Capitão Guimarães foi uma das 25 pessoas presas pela PF na sexta-feira passada, na Operação Hurricane (Furacão). Marina Maggessi está no primeiro mandato de deputada, eleita pelo PPS. Foi delegada da Polícia Civil do Rio e até a eleição atuava na Repressão a Entorpecentes. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a deputada admitiu conhecer o bicheiro e tê-lo encontrado várias vezes, mas garantiu que não tem nenhuma relação próxima com ele. Confira a entrevista:

Relatório sigiloso da PF diz que a senhora teria recebido recursos do bicheiro Ailton Guimarães para sua campanha eleitoral.

Não posso me defender de uma coisa sem saber o teor, o conteúdo das acusações. Eles vazaram um relatório da Polícia Federal. Mas não aparece ninguém falando de dinheiro. É tão sigiloso esse relatório que está em todos os jornais. Pelo visto, só não é sigilosa a minha parte.

A senhora recebeu dinheiro do Capitão Guimarães?

É obvio que não. Sou discípula de Denise Frossard. Foi ela quem pôs os bicheiros na cadeia. Você acha que eles iam me dar dinheiro?

A senhora conhece o Capitão Guimarães? Já esteve com ele?

Já encontrei com ele várias vezes. O Rio de Janeiro todo conhece o capitão Guimarães. Ele é uma pessoa que freqüenta shows, é presidente da Liesa (Liga das Escolas de Samba). Conheço o Capitão Guimarães como todo mundo.

Mas a senhora tem alguma relação mais próxima dele? Freqüenta a casa dele?

Não.

Quando foi a última vez que a senhora se encontrou com ele?

Não me lembro.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pediu à Corregedoria da Câmara que investigue as denúncias contra a senhora.

Ele fez o correto. Mas é preciso saber quem me acusa. Ele vai requisitar à PF tudo o que tem contra mim. Dou muita força até para saber do que eu sou acusada formalmente.

A senhora teme vir a perder o mandato por causa das denúncias?

Não sei. Confio muito na Justiça. Há 18 anos eu trabalho para a Justiça. Moro de aluguel até hoje. Está no site da Justiça Eleitoral que a minha campanha custou R$ 69 mil.

Qual é sua posição em relação ao jogo do bicho?

Não tenho nenhuma posição em relação a isso. Para mim, é irrelevante essa história. Quem tem posição sobre isso é o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB): ele é a favor. Inclusive já declarou isso.

A senhora vai pedir uma licença da Câmara enquanto durarem as investigações?

Não. Eu estou doente, em tratamento médico. Estou com otite grave, eu sou diabética. Otite tão grave que é a olhos vistos. Vou dar uma entrevista amanhã (hoje), no Rio.





Fonte: AE

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