Com o temor de cassação, Sérgio tenta voltar ao PPS

"Aquele que foi quem plantava esperança vai a partir de agora colher desesperança para a sociedade por ter se unido ao PT", disse ontem o presidente do PPS de Cuiabá, vereador Ivan Evangelista, que relatou o "assédio" recebido por parte do deputado e presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo, que desejava retornar ao PPS para não perder o mandato de deputado estadual e de presidente por ter trocado de partido, condição vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Evangelista foi mais longe ao frisar que na remessa da lista de filiados do PPS a Justiça Eleitoral na última segunda-feira, os nomes dos deputados Sérgio Ricardo, João Malheiros e Roberto França, e dos vereadores Helny de Paula, Francisco Vuolo e Chico 2000 já foram subtraídos. "O partido segue a orientação nacional e quer os mandatos de volta e não aceita o retorno de nenhum deles", disse o vereador cobrando da Justiça Eleitoral que ponha em prática a decisão do próprio TSE e casse os mandatos daqueles que trocaram de partido.

Quanto ao futuro do PPS, Ivan Evangelista disse que o partido caminha para a oposição ao governador Blairo Maggi e que este é o pensamento da totalidade dos socialistas em Mato Grosso. "Ele (Maggi) mudou demais depois que deixou o PPS. Foi a transformação da água para o vinho. Pode ser que no princípio, lá em 2003 haviam ideais, hoje virou um balaio de gatos e ratos que só promove a desesperança em Mato Grosso", disse Evangelista.

"As vezes nem eu acredito que ele foi de centro. Apenas estava escondendo seu lado de extrema direita, pois em menos de quatro anos saímos do novo para o completamente velho, ultrapassado", disse Ivan Evangelista para quem as explicações de Blairo Maggi serão cobradas nas urnas, pelos eleitores que estão vendo um verdadeiro festival de união partidária de fisiologistas que quebraram regras importantes como não trair o eleitor.