BNDES seleciona novas cidades-pólo para apoio em ações integradas na área da cultura
A gerente de Incentivo à Cultura, do Departamento de Economia da Cultura do BNDES, Isis Pagy, disse à Agência Brasil que os municípios escolhidos deverão ser anunciados até junho próximo. Para ela, em razão do número expressivo de bens históricos existentes no Nordeste, é quase certo que a região volte a ser contemplada. O mesmo ocorre com a região Sudeste.
“Atualmente, temos três cidades-pólo, que são o Rio de Janeiro, Ouro Preto (MG) e Olinda (PE). Em junho agora, vão ser anunciadas mais três cidades-pólo”, informou. Isis Pagy disse que toda a execução técnica dos projetos de restauração é de competência do Iphan.
Isis Pagy revelou que a idéia do BNDES é promover ações integradas nesses municípios, que vão além da atividade de restauro. “Dentro do banco existem outros caminhos, como a área social, e o Cartão de Crédito BNDES que pode ser divulgado. Existem ações integradas para o município ter um desenvolvimento maior e usar melhor essa parte de restauro”, informou.
A gerente esclareceu que o Banco realizou uma experiência piloto com as três primeiras cidades selecionadas. Em Ouro Preto, o BNDES participou da restauração da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e está iniciando as obras de recuperação da Santa Casa da Misericórdia. Pagy lembrou que outras estatais também investiram na cidade, entre as quais a Petrobrás e a Caixa Econômica Federal.
Em Olinda, há quatro projetos em execução, dos quais se destacam o Cine Olinda, o Centro do Carmo e a Igreja do Carmo. No Rio de Janeiro, os recursos do BNDES permitiram a conclusão do restauro do Museu Histórico, do Museu do Índio e as obras no Jardim Botânico, que devem ser executadas ao longo deste primeiro semestre, entre outros projetos.
Apesar de até aqui a escolha ter sido feita em consenso entre o BNDES, o Ministério da Cultura e o Iphan, Isis Pagy revelou que “existe a pretensão do banco de que no próximo biênio (2009/2010) haja um edital público em que as cidades se candidatariam a ser cidades-pólo do programa. Isso está em estudo”.
Para ser uma cidade-pólo, o município deve, em primeiro lugar, ter monumentos e reunir projetos possíveis de serem executados. “Um projeto para receber recursos do BNDES tem que estar na Lei Rouanet, tem que ser aprovado pelo MINC e, por ser o monumento tombado pelo Iphan, tem que ter também o OK do instituto. Por isso, temos trabalhado juntos para a escolha”.
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