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Meio Ambiente
Sexta - 13 de Abril de 2007 às 13:28

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O catedrático de Ecologia da Universidade do Alasca-Fairbanks, nos Estados Unidos, Stuart Chapin, advertiu hoje sobre a possibilidade de que em menos de 50 anos o gelo do Ártico desapareça como conseqüência do aquecimento global, já que estão ocorrendo mudanças mais rapidamente do que se previa.

Chapin apresentou hoje, na Fundação BBVA de Madri, os resultados de suas pesquisas sobre o aquecimento no Ártico e seus efeitos sobre a mudança global, assim como a resposta das espécies animais e vegetais ao aumento das temperaturas. O pesquisador americano considerou que se vive um momento "crítico" para o futuro da biodiversidade e do planeta e insistiu em que as decisões que os diferentes países adotarem hoje determinarão as mudanças que ocorrerão em 50 anos.

Segundo sua opinião, os relatórios do Grupo Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, em inglês) da ONU são "muito conservadores". De acordo com as pesquisas realizadas pela equipe de Chapin na Universidade do Alasca, a neve derrete cada vez mais cedo no Ártico, o que acelera a mudança climática na região, que registrou nos últimos anos as temperaturas mais elevadas em 400 anos.

Seus dados revelam que a neve no Ártico derreteu dois dias e meio mais cedo por década em média nos últimos 45 anos. No Alasca, nesse mesmo período (de 1961 até agora) ocorreu um aquecimento do solo nos meses de verão de 2°C, que originou também um aquecimento do ar, cuja temperatura se elevou em 2,7°C, alcançando as médias mais altas nos últimos 75 anos.

Segundo Chapin, a maior duração da temporada sem neve permitiu a extensão rumo ao norte do Alasca da floresta boreal (árvores e arbustos), que, progressivamente, está preenchendo regiões anteriormente ocupadas pela tundra. Segundo suas estimativas, se for mantido o atual ritmo de expansão das florestas, o aquecimento da atmosfera no Ártico poderia se multiplicar entre 2 e 7 vezes nas próximas décadas.

Chapin disse que a antecipação do derretimento da neve do Ártico terá grandes impactos nas comunidades humanas e nas espécies animais e vegetais que habitam o Pólo Norte.





Fonte: EFE

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