Formação de funcionários da educação básica chega a novos municípios
O programa foi criado em 2005, quando um projeto-piloto ofereceu formação a cinco mil trabalhadores de Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Paraná e Tocantins. Nesses estados, a fase agora é de expansão. Em Pernambuco, uma nova capacitação tem início nesta quarta-feira, dia 11, e se estenderá até sexta, 13. Serão formados 67 novos tutores e 12 professores-orientadores.
No Piauí, a capacitação ocorrerá no período de 17 a 20 deste mês. A intenção é levar o curso a municípios que não foram atendidos pelas turmas de 2005.
Em 2006, o programa foi expandido para outros 12 estados. Espera-se, até o fim do ano, que tutores e orientadores de todo o Brasil tenham recebido a capacitação e viabilizado a oferta do Profuncionário a 48 mil trabalhadores da educação básica.
A equipe que oferece a capacitação é formada por profissionais do MEC e do Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília.
De acordo com a coordenadora-geral do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação Básica Pública, Sirlene Pacheco, o programa baseia-se na crença de que a educação ocorre em ambiente escolar, não apenas na sala de aula. “Por isso, estamos trabalhando para acabar com a figura dos leigos nas escolas. Com o curso, o funcionário deixa de ser um faz-tudo e passa a ser um agente participante do processo educacional”, disse.
Formação — A primeira parte do curso, comum a todas as áreas, oferece uma formação ampla sobre história e teorias da educação, informática, produção textual, direito administrativo e do trabalho. Os módulos seguintes são diferenciados. O material oferecido aos técnicos em alimentação escolar, por exemplo, abrange conteúdos como teorias da nutrição, políticas de alimentação escolar e elaboração de cardápios escolares.
Para Sirlene Pacheco, o conteúdo faz com que esses profissionais deixem de apenas manipular alimentos e passem a educar e ajudar o aluno a vivenciar o conteúdo ensinado. “Um professor de geografia que esteja ensinando sobre a região Nordeste poderá planejar uma aula com as merendeiras ao oferecer comidas típicas da região aos alunos. A teoria vai ser dada na sala de aula e a prática, na cozinha, que vira um laboratório”, explicou.
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