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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 14:49
Por: André Xavier

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O Estado de Mato Grosso alcançou o maior índice de vacinação contra a febre aftosa de toda a sua história referente à primeira etapa da campanha de vacinação de 2007, compreendida entre os meses de janeiro e fevereiro de cada ano. Este resultado foi divulgado na manhã desta quarta-feira (11.04) pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea -MT), Décio Coutinho, durante coletiva com a imprensa na sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (Seder), em Cuiabá. De acordo com ele, o índice recorde de vacinação que atingiu a marca de 98,40% corresponde ao gado bovino com idade de zero a 12 meses que totalizou em todo o Estado 5.107.812 cabeças.

Décio Coutinho destacou que o resultado positivo se deve principalmente à conscientização do pecuarista mato-grossense. Ele revelou que desde 2003 as metas de vacinação têm sido alcançadas e vêm aumentando a cada campanha num movimento progressivo. O município que apresentou o maior progresso no seu índice foi São Félix do Araguaia que vacinou 87% de seu rebanho na primeira etapa do ano passado e que neste ano atingiu 98 %. “Ficamos satisfeitos com isso porque demonstra a participação mais efetiva do produtor e o resultado positivo do trabalho de conscientização”, observou Décio Coutinho.

Outro município que superou o índice do ano passado é Cáceres onde foram vacinados 97,55% do rebanho de zero a 12 meses no ano passado e 99,51% neste ano. Décio Coutinho lembra que foram disponibilizadas 7 milhões de doses de vacinas em todo o Estado. Ele observou que, diferente dos outros anos, as chuvas e a situação de emergência decretada em função do alto índice de precipitação pluviométrica em 31 municípios do Estado obrigaram excepcionalmente a uma prorrogação dos resultados finais da primeira etapa de vacinação até o dia 10 de março, porém isso não comprometeu o trabalho. “Este atraso se justifica em função das dificuldades provocadas pelas chuvas e com isso a necessidade de um tratamento diferenciado desses municípios, o que estendeu o período de consolidação dos dados”, afirmou Décio Coutinho.

O presidente disse ainda que houve uma diminuição do rebanho mato-grossense atribuída às transformações econômicas de algumas regiões que antes tinham como principal atividade a pecuária e que neste ano buscam na cana-de-açúcar uma nova base econômica. O endividamento dos produtores ocorrido no ano passado também os forçou a venderem muitas fêmeas para o pagamento de dívidas também, segundo Décio Coutinho contribuiu para isso, mesmo assim, Mato Grosso continua tendo o maior rebanho bovino do país com 27 milhões de cabeças, enquanto que o Estado vizinho de Mato Grosso do Sul vem em segundo lugar com cerca de 24 milhões.

Intensificação

O relatório de vacinação apontou, contudo, que quatro municípios não atingiram o patamar mínimo de 90% de vacinação do rebanho determinado como satisfatório pelo Indea, embora tenham se aproximado dele. Os municípios de Nova Ubiratã (88,61%), Serra Dourada (82,56%), Alto Paraguai (84,66%) e Sapezal (89,66%) ganham, portanto, uma atenção especial do órgão, em função desses índices. Décio Coutinho informou que na segunda etapa de vacinação, prevista para ter início em 1º de maio até o dia 31 de maio, os trabalhos serão intensificados nesses quatro municípios.

“Não são motivo de alarme, até porque alcançaram bons índices e que se aproximam do mínimo exigido, no entanto precisam de uma atenção especial e o Indea irá intensificar o trabalho nesses municípios e principalmente no município de Alto Paraguai, que é uma grande bacia leiteira, porém, cuja atividade não é tecnificada”, destacou Coutinho.

Participaram da coletiva, o superintendente regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Paulo Bilego, o secretário-adjunto de Agricultura, Rodrigues Palma, o presidente do Fundo Estadual pela Erradicação da Febre Aftosa (Fefa), Zeca D´Ávila, o consultor representante da Federação Mato-grossense de Agricultura e Pecuária (Famato), Luiz Carlos Meister e representantes da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Sociedade Mato-grossense de Medicina Veterinária.





Fonte: Assessoria

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