Aquecimento do Ártico pode liberar lixo tóxico
O trabalho, que apresenta os detalhes regionais de um estudo global divulgado no dia 6 de abril, em Bruxelas, também afirmou que os estoques de peixe do Ártico e as florestas podem ser afetados pelo aquecimento que acontece na região ártica a um ritmo que é quase o dobro da média global.
"Prevêem-se mudanças drásticas nas vidas e no sustento das comunidades do Ártico, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para reduzir os gases-estufa", disse o Programa Ambiental da ONU num comunicado. A elevação da temperatura também ameaça animais, como ursos polares e focas, que vivem no gelo.
Entre os problemas em terra, o derretimento do permafrost "deve ter implicações significativas para a infra-estrutura, incluindo casas, edifícios, estradas, ferrovias, gasodutos e oleodutos", afirmou o documento. "A natureza impenetrável do permafrost vem sendo usada como elemento de segurança em aterros sanitários e em instalações de empresas contaminantes", disse o texto.
O derretimento do permafrost poderia causar "grave contaminação" e "grandes custos de limpeza, mesmo para vazamentos relativamente pequenos", afirmou o estudo. A ex-União Soviética despejou lixo na região. Segundo o relatório, a área de permafrost no hemisfério norte deve diminuir entre 20% e 35% até 2050.
"Os custos de realocar cidades e vilarejos podem ser altos. Já se estimou que a realocação de uma cidade como Kivalina, no Alasca, custaria US$ 54 milhões." As florestas do norte poderiam crescer mais rápido, mas ficariam sujeitas a incêndios e aos ataques de insetos prejudiciais, que normalmente são afastados pelo gelo.
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