Após 1 ano, STF segue sem data para julgar mensaleiros
O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não incluiu na pauta o julgamento da denúncia que Antonio Fernando de Souza, procurador-geral, entregou em 11 de abril de 2006. O mensalão continua apenas como o 2245, número do inquérito.
O caso teve início conturbado na Corte, que, inicialmente, avaliou pedido de desmembramento dos autos. A proposta, que o STF rejeitou, era mandar para a primeira instância a parte relativa aos que não têm foro privilegiado. A medida poderia acelerar a ação porque reduziria à metade o rol de acusados perante o STF. A decisão pela abertura ou não de processo penal contra os mensaleiros será tomada pelo Pleno do STF, que reúne os 11 ministros.
Eles decidirão se recebem ou se rejeitam a acusação formal do chefe do Ministério Público Federal. Se a denúncia for acatada, será aberto enfim processo penal. Alguns ministros manifestaram publicamente sua preocupação com relação à prescrição, temendo que vença o prazo dentro do qual a Justiça pode punir culpados.
Além de Dirceu são citados Duda Mendonça, publicitário responsável pela campanha presidencial de Lula em 2002, treze deputados e ex-deputados, o ex-ministro Luiz Gushiken, o empresário Marcos Valério, suposto operador do mensalão e do caixa 2 do PT, e três ex-dirigentes do partido - a estes atribuído papel de "núcleo principal da quadrilha": o deputado e ex-presidente do partido José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretário-geral Silvio Pereira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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