Cientistas questionam previsões para o Brasil
Segundo a Agência Fapesp, embora a informação seja reconhecida pelos cerca de 2,5 mil cientistas de 130 países que participam do trabalho, a conclusão teve base principalmente em estudos e técnicas de modelagem ambiental, o que diminui a confiabilidade dos dados. Isso poderia modificar a previsão de que a savanização da Amazônia pode não ser uma possibilidade tão real, por exemplo.
"Não há ainda, na literatura científica, um conjunto de observações que possa indicar claramente essa tendência como conseqüência das mudanças climáticas", disse Carlos Nobre, autor principal do capítulo sobre a América Latina, durante evento no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), que reuniu cinco pesquisadores brasileiros que participaram da produção do relatório.
Nobre diz que o Brasil dispõe de avançados sistemas de previsão climática e de fenômenos meteorológicos extremos, mas ainda falta capacidade de monitoramento desses sistemas físicos e biológicos. "Ainda não somos um ator importante no cenário dos estudos sobre aquecimento global. Os impactos divulgados sobre a América Latina são de média confiança", disse ele à Fapesp.
Comentários