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Politica Brasil
Terça - 10 de Abril de 2007 às 17:13

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Na expectativa de vir a comandar o Ministério da Defesa com o deputado Aldo Rebelo (SP), dirigentes do PC do B não escondem que o partido gostaria de ampliar o espaço que ocupa hoje no governo. A prefeita de Olinda, Luciana Santos (PC do B), disse à Folha Online que por ser um parceiro de primeira hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PC do B não deveria estar excluído do grupo de ministro que pensa o governo.

"É justo que o partido possa cumprir um papel mais saliente no governo. O Ministério dos Esportes é um espaço político importante, que vem sendo comandado de maneira exitosa, mas acho justo que a gente possa ocupar mais espaços de decisão no governo, afinal somos aliados de primeiro hora", disse.

A prefeita alertou que é preciso o governo tomar cuidado para que o grupo mais à esquerda que o apóia não seja alijado das discussões de políticas públicas, embora reconheça a importância de um governo de coalizão.

"Acho legítimo que o PT tenha pleiteado a presidência da Câmara, mas que isso não tenha como conseqüência prática o deslocamento desse núcleo de esquerda [formado por PC do B, PSB e PDT] do governo. Ainda há fissuras por causa da disputa na Câmara e é preciso chamar atenção para isso", disse.

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) perdeu a disputa pelo comando da Câmara para o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Desde então, PC do B, PSB e PDT formaram um grupo --chamado de bloquinho-- que vem atuando de forma independente dos demais partidos da base aliada, mesmo garantindo votos aos projetos do governo. O grupo reúne ainda PMN, PHS e PRB e conta com 73 parlamentares, a terceira maior força da Casa, atrás apenas do bloco PMDB, PTB, PSC e PTC e do PT.

Defesa

A possibilidade de o PC do B, que hoje comanda apenas o Ministério dos Esportes, vir a assumir a pasta da Defesa foi aventada na campanha pela presidência da Câmara. Lula teria convidado Aldo para substituir Waldir Pires, mas o deputado considerou na época que seria desmoralizado politicamente caso aceitasse desistir da disputa para ocupar um ministério.

Aliados de Aldo garantem que ele não foi convidado novamente agora que Lula dá sinais de que irá alterar o comando da pasta. Aldo vem sofrendo pressões do seu grupo para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008, o que pode prejudicar qualquer plano de voltar para o governo. Ele já foi ministro das Relações Institucionais no primeiro mandato de Lula.





Fonte: Folha Online

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