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Politica Brasil
Domingo - 08 de Abril de 2007 às 10:21
Por: Auro Ida

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O secretário de Educação, Luiz Antônio Pagot, irá assumir este mês o maior desafio da sua vida política: comandar o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. O maior problema é recuperar a malha pavimentada. "O desafio é grande, mas vamos enfrentar os problemas com determinação e, tenho certeza, que iremos superar todos", diz. A maior expectativa, no entanto, é saber se ele conseguirá solucionar o gargalo do transporte da produção mato-grossense. Pagot destacou que o PAC prevê uma equação multimodal para o problema de MT.

Pagot prevê para os próximos quatro anos a concretização da hidrovia Paraguai/Paraná, as pavimentações das BRs-163 e 158, além da retomada da construção da Ferronorte até Cuiabá. Mas, segundo ele, a duplicação da BR-163, de Rondonópolis ao Posto Gil, é mais complicada, porque não existe nem projeto sobre a obra.

A Gazeta - O que MT pode esperar de Luiz Pagot no comando do Dnit?

Luiz Pagot - É um dos setores operacionais do governo federal que mais podem influenciar no desenvolvimento do Estado de MT, no crescimento da economia do Estado. Porque, uma melhor performance das nossas rodovias federais em MT, a interligação dos modais e, principalmente, a manutenção e conservação, vão significar custos menores e mais oportunidades de negócios, porque com a implantação da BR-163, vamos ter muito mais oportunidades de negócios em MT. Com a implantação da hidrovia Paraguaia/Paraná nós teremos menores custos e um modal altamente competitivo. Com os trilhos da Ferronorte chegando a Cuiabá, teremos ampliação da economicidade em todos os sentidos. A BR-158 implantada é o renascimento do Vale do Araguaia. É a grande oportunidade que o Araguaia ainda não teve. Então para MT, o cumprimento das metas do PAC, a manutenção e conservação das rodovias, com certeza, vão permitir ao Estado um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento, induzidos pelo vetor transporte.

A Gazeta - O sr pretende dar prioridade na implantação desse sistema multimodal, que inclui as BRs-163 e 158, a hidrovia Paraguaia/Paraná e ferrovia?

Pagot - Não é prioridade da gestão que eu vou fazer parte, porque já está no PAC. Aliás, algumas obras já estavam no PPI, que era o programa piloto de investimento. Um programa que não tem contingenciamento, que os recursos vêm diretamente do superávit primário. Sai 5% para o PPI e muitas das obras aqui em MT já estavam no PPI como as BRs-163 e 158. Agora, além da 163, 158, a duplicação 163, da Leste/Oeste, a hidrovia Paraguai/Paraná e da Ferronorte, todas essas obras estão incluídas no PAC. Então são prioridades do governo federal para os próximos quatro anos de implantação e reestruturação. Se são prioridades, é claro que vou me dedicar a essas prioridades. O que nós vamos precisar trabalhar muito, por exemplo, é a duplicação da BR-163, que não tem projeto. Nós temos que licitar o projeto e, depois, licitar a implantação da rodovia.

A Gazeta - Sai governo, entra governo, e há promessa da pavimentação da 163. Qual é a garantia que, agora, a 163 vai mesmo ser pavimentada?

Pagot - A BR-163 sempre foi prometida, só que, os princípios básicos para a implantação de uma obra nunca foram cumpridos. Primeiro não tinha projeto. Segundo, não tinha licenciamento ambiental. Terceiro, não tinha previsão orçamentária. Então, era uma rodovia que não passava de promessa. Agora, é completamente diferente. Primeiro, é uma rodovia que tem um traçado definido e projeto executivo pronto. É uma rodovia que está licenciado ambientalmente. É uma rodovia que tem, no Orçamento de 2007, R$ 365 milhões. E mais: além de ter orçamento, ela já tem as empreiteiras contratadas. Eu acredito que, agora, a BR-163 vai deslanchar. Ela vai começar ser pavimentada de Guarantã do Norte a Itaituba.





Fonte: Gazeta Digital

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