Governo pode apoiar novo modelo de universidade, diz secretário do MEC
“A intenção do MEC é apoiar as propostas que as universidade autonomamente produzem. Porque, muita vezes, o investimento necessário é para reformular a infra-estrutura dos campus, as salas de aula”, afirma Palácios.
“Se você muda as estratégias de ensino precisa de mais bibliotecas, mais espaços para os estudantes desenvolverem suas atividades. Nesse sentido, é importante o aporte de recursos e há previsão para isso”.
Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ênio Candotti, o atual modelo de educação é rígido e não permite aos alunos conhecerem outras áreas de atuação.
“Essa construção em blocos permite a um biólogo passar para a matemática e o matemático se dedicar às engenharias e isso é muito bom”, avalia o pesquisador. “Essa Universidade Nova é um convite a pensar um mundo de maneira como o pensamos, mas compartilhar essa discussão e fazer com que ela seja colocada como questão principal na mesa dos educares, dos planejadores, dos políticos e dos próprios mestres professores e estudantes”.
Algumas universidade já adotaram o novo modelo de ensino superior. É caso da Universidade Federal do ABC, em São Paulo, que oferece a formação em bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia. Outras 17 universidade federais estão avaliando a proposta e três delas estão colocando a idéia em prática, como a Federal do Piauí, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal da Bahia.
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