Brasil terá rede de pesquisa sobre mudanças climáticas
“Essa rede vai envolver pesquisa em vários temas de mudanças climáticas e vamos produzir resultados que vão contribuir para que o país possa tomar decisões em termos de contribuir para o não-agravamento das condições climáticas do país”, explicou.
Segundo ele, a rede será criada por meio de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é uma das medidas do plano nacional de combate às mudanças climáticas. A posposta está sendo elaborada por representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia, e das Relações Exteriores.
“A principal contribuição do Ministério da Ciência e Tecnologia é fazer estudos e pesquisas para gerar informações nessa área, para fazer simulações de mudanças climáticas no Brasil”, explicou o ministro, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com Rezende, a rede envolverá instituições de norte a sul do país, e será capitaneada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao ministério.
Mais cedo, em entrevista às emissoras de rádio parceiras da Radiobrás, o ministro explicou que o governo decidiu montar a rede, aproveitando as pesquisas já realizadas na área, após a divulgação do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, no início de fevereiro. O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC0, na sigla em inglês) aponta para a elevação da temperatura terrestre até 2100, o aumento do nível do mar e a intensificação das catástrofes naturais.
“Nós sabemos que as conseqüências do aquecimento global já afetam todos os países do mundo em termos de clima”, afirmou. “Agora mudanças que tenham produzido, no caso do Brasil, prejuízos econômico, isso não sentimos ainda, mas se o mundo não mudar o curso dos acontecimentos nessa área vamos todos sentir em alguns anos”.
O ministro disse ainda que um “supercomputador” será montado no Inpe, para fazer as simulações. “Essa questão do clima é muito complexa, porque envolve muitas variáveis. É preciso então ter muitas informações e fazer processamentos em supercomputadores para eventualmente fazer projeções”.
Outras instituições ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia também vão participar, como o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), em Manaus e o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. A rede vai contar ainda, segundo o ministro, com a participação de universidades federais e estaduais, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Ao fazer essa rede, o que nós estamos fazendo é articular as entidades envolvidas, organizando melhor as atividades de pesquisa e contribuindo para que as informações resultantes desse estudo sejam mais bem tratadas”, reforçou Rezende.
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