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Politica Brasil
Quinta - 05 de Abril de 2007 às 08:10
Por: Téo Meneses

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O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, apontado com o chefe da máfia dos sanguessugas, acusou 56 municípios mato-grossenses de envolvimento no esquema de superfaturamento de preço de ambulâncias.

A acusação de Vedoin foi feita durante a série de depoimentos em que o sócio-proprietário da Planam foi ouvido até esta segunda-feira. Ao todo, ele foi questionado na sede da Polícia Federal em Cuiabá em 72 inquéritos.

Luiz Antônio, filho do também sócio-proprietário da Planam Darci Vedoin, só inocentou os municípios de Sorriso, Alto Araguaia e Comodoro. Disse que desconhecia o envolvimento de prefeitos ou assessores dessas cidades. Os demais nomes que tiveram a situação complicada não foram divulgados pela PF porque os inquéritos correm em segredo de Justiça.

Com a confirmação das denúncias de Luiz Antônio, todos os citados nos inquéritos serão ouvidos a partir dos próximos dias na PF. Os casos serão distribuídos entre outros delegados. É só depois de definir quais os delegados que presidirão os inquéritos é que começarão a ser marcadas as oitivas. A maioria delas será instruída na própria sede da Polícia em Cuiabá.

Ao confirmar as denúncias, Luiz Antônio disse que ele mesmo havia pago em dinheiro propina para que prefeitos e assessores direcionassem licitação e empresas ligadas à Planam vencessem licitações públicas para compra de ambulâncias. Dessa forma, estaria financiado o esquema através de emendas parlamentares apresentadas por deputados e senadores do país inteiro.

A máfia das ambulâncias atuou entre 2001 e 2005, quando teriam sido desviados R$ 110 milhões dos cofres públicos. Já foram citados no escândalo os municípios mato-grossenses de Alta Floresta, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Campinápolis, Colíder, Cotriguaçu, Nova Marilândia, Pontes de Lacerda, Poxoréo, São José do Xingu e Torixoréu.





Fonte: Gazeta Digital

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