Ex-integrantes da Mesa Diretora da Câmara negam afirmações de Chica Nunes
Foram ouvidos pela reportagem do Olhar Direto o ex-primeiro-secretário e atual presidente da Câmara, vereador Lutero Ponce (sem partido), o ex-segundo-vice-presidente e atual primeiro secretário, Luiz Poção (sem partido), o ex-vice-presidente e atual deputado estadual Walter Rabello (PMDB) e o ex-segundo-vice-presidente, vereador licenciado Helny de Paula (PPS).
Segundo Lutero, o regimento interno da Câmara é presidencialista e nenhum membro da Mesa Diretora tinha autonomia ou acesso a qualquer decisão da presidente Chica Nunes. “Eu, como primeiro-secretário, só tinha acesso aos processos depois que já tinham passado pela assessoria jurídica e a licitação já estava pronta, não tinha porque duvidar. Nunca participei de ordenação de despesas e a mesma coisa acontece na atual gestão, onde todas as responsabilidades são minhas”, afirmou o presidente.
Da mesma forma, o vereador Luiz Poção (sem partido) disse que não sabia da existência de qualquer compra irregular e que “nunca fui chamado para me posicionar ou assinar papéis, ou opinar a respeito de mudanças na cor de alguma sala”. O cargo de vice-presidente da Mesa, segundo ele, era meramente “figurativo”, já que tinha função apenas de substituição na ausência de algum membro.
Para o vereador licenciado Helny de Paula, a deputada Chica Nunes foi infeliz nas declarações. “A única coisa que é discutida com todo o colegiado são as pautas das sessões e não a parte administrativa. A gente nunca tinha acesso a qualquer decisão”, acrescentou.
Também ouvido pela reportagem, o deputado estadual Walter Rabello confirmou as declarações dos vereadores e afirmou: “até que se prove o contrário, quem tem que responder e fazer correções, se é que há correções a serem feitas, é a ex-presidente. Vereador não tem acesso a nenhum documento. Se quiser, tem que ir atrás de processo de licitação, o que não é de praxe”.
Contra a gestão da ex-presidente da Câmara, pesam graves denúncias do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) como desvio de dinheiro público, irregularidades e falsificação de notas fiscais, entre outras.
Conforme o Olhar Direto apurou, ao divulgar a nota à imprensa, a deputada estadual argumentava que a mesa era composta por mais membros e não apenas por ela e, sendo assim, segundo ela, as responsabilidades são de todos.
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