Serys satisfeita com presença feminina em comitiva do Equador
- Esta nossa visita demonstra a importância que damos à relações bilaterais - afirmou Correa, cuja comitiva contava com sete ministros.
Ao fazer a saudação inicial ao presidente equatoriano, Renan Calheiros ressaltou a realização em maio, em São Paulo, de uma rodada de negócios Brasil-Equador, durante a qual serão debatidas oportunidades de negócios nos setores de petróleo e biocombustíveis. Em sua opinião, esta será uma boa oportunidade para aprofundar o relacionamento econômico entre os dois países.
A líder do governo, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), lamentou que, durante "muitos séculos", os países da América do Sul tenham estado de costas uns para os outros. "Não temos o direito de perder o bom momento por que passa o continente", disse ela. O presidente do Equador concordou com a observação e lembrou que a aproximação entre os países sul-americanos pode crescer com a presença, na região, de vários "governos progressistas".
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) entregou a Correa um livro sobre programas de transferência de renda e defendeu o livre trânsito dos trabalhadores pelo continente. Em resposta, o presidente equatoriano sugeriu a adoção de "padrões trabalhistas mínimos" para a região e informou que está revendo o programa de bônus contra a pobreza, para beneficiar as mulheres pobres com US$ 30 mensais. Suplicy e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) se mostraram dispostos a ir ao Equador, para debater o tema.
A senadora Serys Marli (PT-MT) demonstrou satisfação com a presença feminina na comitiva do presidente do Equador, que tinha a seu lado a ministra de Relações Exteriores, Maria Fernanda Espinosa. Correa informou que as mulheres ocupam 40% de seu ministério. Após ouvir relato de Serys a respeito de um debate sobre o meio ambiente realizado no Equador, o presidente disse que seu governo já discute a possibilidade de não explorar alguns poços de petróleo na Amazônia, desde que seja compensado por isso pelos países desenvolvidos.
Correa atribuiu a uma crise entre o Legislativo e o Judiciário de seu país a cassação dos mandatos de 57 deputados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Esses deputados pretendiam impedir a realização de uma consulta popular sobre a convocação de uma Assembléia Constituinte, com plenos poderes.
- Isto não significa que não há oposição no Equador, até porque os deputados que assumiram no lugar dos cassados também são de oposição - afirmou Correa.
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