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Politica Brasil
Quarta - 04 de Abril de 2007 às 13:56

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Um oficial de Justiça tenta, sem êxito, notificar o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce (sem partido), sobre o processo 740, que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá desde o ano passado. A ação popular impetrada pelo Movimento Cívico de Combate à Corrupção Eleitoral investiga denúncias de improbidade administrativa na gestão da ex-presidente e hoje deputada estadual Chica Nunes (PSDB), da qual Lutero foi primeiro-secretário.

Sob argumento de que as ações administrativas ficavam centralizadas na presidente Chica, Lutero Ponce anunciou uma auditoria nas contas do legislativo cuiabano e pediu acompanhamento dos trabalhos do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Destaca nada temer.

O advogado do MCCE, Vilson Nery, indicado pela OAB para acompanhar o processo, revela que a Câmara está sob investigação por gastos desnecessários com produtos e serviços. "Há despesas incompatíveis com as atividades da instituição". Segundo ele, "houve carta convite para a compra de camisetas, outdoors e até de crachás, cada uma na faixa de R$ 80 mil, tudo comprado junto a empresas de fundo de quintal”.

Vilson Nery diz que "esse modus operandi facilitou o desvio de finalidade e o uso de empresas de fachada para abastecer a Câmara com todo tipo de produtos e serviços". O coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante, o Ceará, assegura que o legislativo cuiabano adquiriu até produtos odontológicos e não se sabe onde foi parar esse material.

A ex-presidente Chica Nunes, que nega qualquer irregularidade, já foi notificada pela Justiça para apresentar sua defesa. O oficial tenta localizar agora o atual presidente Lutero Ponce.

Manobras

Preocupado com a situação do processo, que envolve ex-dirigentes da Câmara e atuais vereadores, o advogado pediu a citação dos réus por edital. “Precisamos acabar com a impunidade. Em Cuiabá já é tradição vereador fazer o que quer na direção da Câmara, depois deixa um rombo e ainda se

elege deputado”, ataca Gilmar Brunetto, o Gauchinho, outro integrante do MCCE. Segundo ele, o “buraco” nas contas da Câmara pode superar a R$ 5 milhões, já que, garante Gauchinho, o esquema viria desde 2001. Observa que o Ministério Público tenta auditar as contas e acaba impedido por ordens judiciais.





Fonte: RDNews

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