Prioridade do ministro da Agricultura tem semelhança em indicação de Riva
O novo titular da Agricultura afirmou que não pode imaginar o crescimento do setor via derrubada ou via ocupação de novas áreas. Esta consideração de Stephanes encontra respaldo em Mato Grosso no programa de incentivo que reduz em 50% a área de pastagem utilizando a outra metade em programas de reflorestamento, proposto pelo deputado José Riva. A iniciativa apresentada a Assembléia Legislativa aponta ao desenvolvimento econômico sustentável e geração de empregos sem a necessidade de desmatamento.
Alguns segmentos pedem, segundo a reportagem de o Globo Rural, limites para o avanço de plantações como a cana que tem se espalhado pelo país. Para o ministro há uma preocupação quanto a isto. “Nós temos que impor limites. Sou totalmente favorável a impor limites. Eu acho que o que nós tínhamos de avançar em termos de novas áreas, o Brasil já avançou. São muito poucas as novas conquistas de áreas. Nós temos que avançar em cima de tecnologia, em cima da produtividade e em cima da recuperação de áreas que já foram degradadas. Quer dizer, evitar a derrubada de novas áreas...”, afirma Stephanes.
“A minha proposta está diretamente associada à contenção do desmatamento. É um mecanismo para coibir a desenfreada ação do homem em relação á degradação ambiental”, observa Riva.
Mato Grosso é um dos estados amazônicos tradicionalmente detentor das maiores taxas de desmatamento. Varias organizações tem, comprovadamente, alertado sobre a questão, pois continuamos liderando esta triste posição. Em 2004, por exemplo, fomos responsáveis por cerca de 50 % da área devastada.
O surgimento de consciência por parte dos grandes produtores, os que melhores tem condições de ajudar, segundo Stephanes, já tem acontecido. A proposta de Riva, indicação encaminhada ao governo, estimulará os produtores à tomada de consciência das desvantagens da pecuária extensiva em relação à intensiva a exemplo do ‘sistema voisin’. A pecuária intensiva, segundo o parlamentar, promove a criação de mais empregos, aumenta os lucros e é ecologicamente mais viável.
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