CPI terá que esperar plenário do STF, diz Chinaglia
Os líderes da oposição se reúnem para formalizar uma nova proposta para a instalação da CPI. Se a proposta não for aprovada, elas ameaçam votar a obstruir os trabalhos. "Espero que haja atitude razoável para cumprir a lei. No entanto, se eu verificar a tentativa de esticar a corda, vou interpretar como uma disputa política", ponderou Chinaglia.
Na última quinta-feira, uma liminar do STF garantiu o desarquivamento da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados. Agora, o plenário do tribunal precisa aprovar o parecer do ministro Celso de Mello, relator do recurso impetrado por PPS, PSDB e PFL, para garantir o início das investigações. Levando em consideração uma série de decisões anteriores, os ministros devem determinar a instalação da comissão.
A liminar garante apenas o desarquivamento e não tem efeitos práticos, mas a previsão é que os demais ministros sigam o voto do relator. Isso porque, em casos anteriores, como o da CPI dos Bingos, o STF agiu no sentido de proteger o direito da minoria de abrir investigações no Congresso. "Há um claro desequilíbrio de forças. Por isso, a Constituição assegura que a CPI é um instrumental da minoria e precisa ser respeitada", declarou um dos ministros ao jornal Correio Braziliense.
A previsão é que as investigações na Câmara comecem no final de abril ou começo de maio.
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