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Politica Brasil
Segunda - 02 de Abril de 2007 às 08:42

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A cartada do governador Blairo Maggi (PR) de entregar ao PMDB a Educação, maior pasta da estrutura da máquina estadual, bloqueia o discurso do oposicionista Zé do Pátio e ainda o força a se aproximar do prefeito rondonopolitano Adilton Sachetti, de quem é adversário ferrenho. Líder absoluto nas pesquisas na corrida sucessória em Rondonópolis, Pátio agora se numa "saia-justa". Terá de redefinir o discurso porque o seu partido passa a comandar a pasta da Educação, com Silval Barbosa.

O deputado era um dos que, nos bastidores, torciam para a legenda peemedebista não compor o primeiro escalão, apesar de já contar na estrutura com o vice-governador Silval. Numa jogada estratégica, Maggi aproveitou que Luiz Pagot deixará a Seduc para assumir a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) e ofereceu a pasta ao PMDB. O presidente regional da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, aceitou. Consultou os demais membros da executiva e bateram o martelo.

Dessa forma, Maggi não só atraiu para o governo o rebelde Pátio, como os outros três parlamentares da bancada na Assembléia: Adalto de Freitas, o Daltinho, Joarez Costa e Walter Rabello.

Contraponto

Assessores de Pátio entendem que o fato do PMDB integrar de vez o governo Maggi não vai tirar a liberdade do parlamentar de continuar na oposição, principalmente em Rondonópolis. Outros avaliam que, por ser partidário, Pátio, que está no terceiro mandato, se vê obrigado a recuar. Nas eleições do ano passado, a legenda peemedebista fechou aliança com Maggi, indicando Silval para vice-governador. Para não contrariar o partido, o deputado montou uma estrutura em separado e não fez críticas à administração durante a campanha.

Em Rondonópolis, Pátio "bate duro" em Sachetti, um dos principais aliados e amigo pessoal do governador. O hoje prefeito venceu o pleito de 2004 com 30.932 votos (35,9%), apenas 4.799 votos de diferença do parlamentar, que conquistou 26.133 votos (30,3% dos válidos). O deputado federal Wellington Fagundes (ex-PL e hoje PR) ficou em segundo, com 27.931 (32,4%).





Fonte: RDNews

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