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Politica Brasil
Domingo - 01 de Abril de 2007 às 12:53

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não existe uma alternativa à Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. "Neste caso, não existe plano B. É plano A ou então não tem acordo. E se não tiver acordo, não teremos vencedores e perdedores. Todos serão perdedores", afirmou, durante entrevista coletiva concedida neste sábado em Camp David, ao lado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Após haver se reunido com Bush no retiro presidencial americano, Lula afirmou que nunca esteve tão otimista quanto a destravar as negociações com vistas à retomada das negociações de liberalização do comércio mundial. "De todas as reuniões em que participei com o governo americano, essa foi a mais produtiva", comentou o presidente. Discurso afinado

Bush, por sua vez, foi na mesma linha. "Todas as nossas conversas que tivemos sobre comércio se concentraram na retomada de Doha. Já me perguntaram muito sobre planos B em muitos assuntos, mas eu sou, como o presidente Lula, um sujeito do tipo plano A", afirmou o líder americano.

O presidente dos Estados Unidos disse que seu país está "disposto a reduzir subsídios agrícolas de forma substancial", mas acrescentou que é preciso que os produtos industrais e serviços americanos tenham acesso a outros mercados.

A Rodada de Doha chegou a um impasse no ano passado, após divergências entre Brasil, União Européia e Estados Unidos. Os brasileiros queriam que americanos e europeus reduzissem os subsídios agrícolas que oferecem, ao passo que estes visavam a ter maior acesso a mercados de países em desenvolvimento.

De acordo com Bush, "o Brasil é um grande exportador, então é do interesse do Brasil que os seus produtos e serviços tenham acesso aos mercados mundiais também".

O líder americano acrescentou que "essas negociações são difícieis, porque há muitos interesses em jogo. Para ter êxito, é preciso ter a vontade decisiva. Eu garanto ao presidente Lula que nós, nos Estados Unidos, queremos ter êxito".

Risos e divergências

Lula afirmou que a questão da reforma do Conselho de Segurança da ONU é o tema em que ele e Bush têm mais divergências. E em seguida acrescentou: "Mas também, se não tivermos divergência, não tem graça fazer política", despertando risos de Bush.

Bush voltou a rir quando Lula acrescentou: "Tenho 61 anos de idade e mais quatro anos de mandato. Então, estou convencido de que iremos ver esse Conselho da ONU mudado e a ONU reformada".

O Brasil pleiteia um acento como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os Estados Unidos defendem que a vaga seja concedida ao Japão.





Fonte: BBC Brasil

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