TCU critica patrocínio de Caixa ao Judiciário
Entre 2003 e 2005, os recursos direcionados pelo banco aos patrocínios ligados ao Judiciário somaram praticamente o mesmo valor destinado para a mesma finalidade a todos os municípios do país no período, segundo a Folha de S.Paulo.
O TCU criticou o grande volume de patrocínio para o Judiciário, afirmando que o financiamento de tais eventos não resultam em contrapartidas mercadológicas e financeiras para a instituição e que o segmento recebe tratamento diferenciado. "Saltam aos olhos os valores de patrocínios destinados ao grupo Poder Judiciário", escreveram os ministros do TCU, em acórdão do último dia 7.
A CEF alega que os patrocínios se devem às grandes somas de depósitos judiciais custeados no banco. "O que indica claramente a influência indevida desse fator no tratamento diferenciado dispensado pela empresa ao referido segmento", afirma o TCU.
O tribunal fez inspeção nos gastos com patrocínio realizados pela CEF entre 1999 e 2006. O acórdão sobre o caso não aponta irregularidades, mas afirma que "fica perceptível a fragilidade da sistemática da Caixa para a concessão de patrocínios, evidenciado pela falta de critérios na análise prévia e posterior de cada ação".
O TCU determinou que a CEF adote medidas para estabelecer uma metodologia de análise das propostas de patrocínio, com "critérios claros e objetivos".
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