Para receber papa, seminário investe R$ 6 mi
A Fiesp procurou as empresas atendendo a um pedido do arcebispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis. Sessenta e duas aceitaram contribuir com a reforma do prédio do seminário, que tem 112 anos. Dessas, 35 fizeram repasses em dinheiro, num total de R$ 4,4 milhões. Outras 27 doaram materiais como louças e tintas, que somam R$ 790 mil.
Há ainda a parte de gerenciamento da obra, que ficou a cargo da empreiteira Camargo Corrêa, além da mão-de-obra e das 358 peças de móveis feitas por alunos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que vão mobiliar os cômodos do térreo e do primeiro andar, alvos da reforma. O outros dois andares do prédio devem ser recuperados numa segunda fase, que ainda não tem data para acontecer.
Em entrevista coletiva ontem em Aparecida, Skaf disse que as doações dos empresários foram motivadas pela vontade deles de "criar condições favoráveis" para que a cidade receba Bento 16 e de contribuir para o restauro de um prédio histórico.
As obras começaram em novembro e a previsão é que sejam concluídas até o dia 20 de abril, três semanas antes da chegada do papa ao país.
Damasceno não permitiu a entrada de jornalistas ou mesmo que se fotografasse a suíte que vai ser ocupada por Bento 16. Imagens do cômodo foram exibidas em um telão. A justificativa foi "respeitar a privacidade do papa." Segundo o arcebispo, o cômodo será aberto ao público depois que o pontífice deixar o país.
A suíte fica no primeiro andar do prédio. Tem cerca de 50 m2, incluindo o banheiro que foi construído especialmente para a hospedagem do papa. As imagens revelam um quarto contendo apenas uma cama de casal, uma poltrona, uma mesa com quatro cadeiras e um armário.
Ao lado da suíte fica uma capela também construída para atender ao pontífice. Ela tem 10 m2 de área, conta um altar feito em aço inoxidável e granito, um sacrário de prata e um crucifixo de 80 cm, feito em prata e madeira.
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