Insatisfeitos, controladores fazem protestos
Em Manaus (Cindacta-4), os controladores iniciaram na madrugada desta sexta-feira (30) uma "operação-padrão", na qual liberam a partida e a chegada de menos aviões do que o de costume.
Em Brasília, no Cindacta-1, responsável pelo controle do tráfego aéreo da região, cerca de 150 controladores estão aquartelados voluntariamente por tempo indeterminado. Existem quatro centros de controle aéreo no país. Os outros dois ficam em Recife (Cindacta-3) e Curitiba (Cindacta-2).
A prática de monitorar menos vôos, mesmo que em apenas um centro de controle - no caso de hoje, Manaus -, pode causar atrasos seqüenciais no país inteiro, como tem ocorrido nos últimos meses. De acordo com boletim da Infraero, dos 584 vôos programados entre a 0h e as 9h desta sexta-feira no país, 94 sofreram atrasos de mais de uma hora. É o equivalente a 16,1% do total. Na quinta-feira (29), no mesmo período, 9,6% dos vôos sofreram atrasos.
Entre a 0h e as 14h desta sexta, dos 956 procedimentos previstos, 144 atrasaram mais de uma hora _ou seja, 15,1% do total.
O G1 apurou que os controladores aéreos de todo o país continuam descontentes com as condições de trabalho e reclamam que estariam sendo perseguidos por superiores.
Segundo levantamento da Infraero, nove partidas e quatro chegadas atrasaram mais de uma hora no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), entre a 0h e as 9h desta sexta-feira.
A justificativa oficial dos atrasos em Manaus é um "procedimento de controle do espaço aéreo" da região. No jargão de controladores aéreos civis, isso é a chamada operação-padrão. Como em Manaus só há controladores militares, eles não podem anunciar nem fazer nenhum tipo de manifestação, sob risco de prisão. Por isso, não usam o termo operação-padrão.
A Aeronáutica nega, oficialmente, que os controladores estejam fazendo um protesto.
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