Índios se armam para ter escola em Barra do Garças
Desde o reinício dos trabalhos em plenário, Ragiotto tenta atuar como um mediador entre as partes, mas esbarra na intransigência dos cinco vereadores da oposição que insistem, segundo ele, em protelar a votação de projetos de autoria do Poder Executivo e, quando aprovam, somente sob pressão da massa popular presente nas galerias da Casa.
“Esse comportamento está trazendo prejuízos não é para a administração do prefeito Chaparral, mas para a cidade de Barra do Garças. No plenário já não existe mais a aprovação de matérias em regime de urgência. São aprovadas apenas com forte apelo popular”, disse o presidente. Ele citou como exemplo o projeto que previa a contratação de professores para as escolas indígenas, que só foi aprovado sob ameaça de lideranças indígenas xavante, pintados para a guerra e armados de bordunas (arma artesanais do povo xavante), que ameaçaram reagir em caso de rejeição em plenário.
Segundo Rodrigo Ragiotto citou, também outros projetos para justificar a sua preocupação, como o que previa a construção de 224 casas populares para famílias carentes; contratação de professores para a rede municipal e parcelamento da dívida do poder público com a Caixa de Previdência dos Servidores Públicos Municipais, a BarraPrev, que esbarram na “guerra” política que os vereadores travam com o prefeito municipal.
O presidente da Câmara de Barra cobrou mais compromissos dos vereadores Andréia Santos (sem partido), Ronaldo Couto (PFL), Welinton Marcos (sem partido), Sônia Nunes (PSDB) e Antônia Jacob (PPS) com a população da cidade. “Não estou aqui defendendo o prefeito. Quero apenas que os interesses da comunidade estejam acima dos interesses político-pessoais”, ressaltou Ragiotto.
Na Câmara de Barra do Garças, a oposição possui cinco vereadores e preside a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, considerada a mais importante da Casa. A comissão tem o poder de “protelar” a apreciação em plenário até emitir parecer favorável ou contrário.
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