Cáceres e Sapezal querem recuperação de estadas
Na região de Sapezal o problema está na MT-235, a chamada rodovia Nova fronteira, que em alguns pontos ficam sem condições de tráfego devido aos atoleiros. “Neste período de retirada de safra o prejuízo é grande para o produtor já que, o preço do frete aumenta em até 30 por cento e mesmo assim, está difícil conseguir caminhões para fazer o transporte porque os caminhoneiros não querem enfrentar o desafio de transitar pela rodovia durante o período de chuva”. Disse o produtor José Guarino, presidente do sindicato rural do município de Sapezal.
Já na região de Cáceres o problema está em todas as estradas, inclusive nas vicinais. O representante do Movimento Pró-Cáceres, formado por comerciantes, empresários, produtores rurais e entidades de classe do município, Francismares Cruz, lembrou que, apesar de responsabilidade da prefeitura, o órgão não tem estrutura para fazer a manutenção das estradas vicinais, e que a saída, é o trabalho em parceria com o governo. “O município não possui máquinas para fazer a manutenção das nossas estradas que neste período de chuva ficam em péssimas condições”. Afirmou.
O pecuarista Roberto Jacó, cuja propriedade fica no município de Porto Esperidião, reclamou da queda de rentabilidade devido aos altos preços do frete na região. Segundo ele, a estrada denominada Casal Vasco está em condições precárias, inviabilizando o transporte de animais em caminhões. Trata-se da MT-388 que corta a região, chegando ao município de Vila Bela da Santíssima Trindade.
O representante do sindicato rural de Cáceres, Neto Golveia, sugeriu a união entre governo do estado, município e iniciativa privada para a criação de uma patrulha mecanizada para atuar no município. O trabalho seria operacionalizado através do sindicato rural com a participação dos segmentos envolvidos na parceria.
Retorno – Nos dois casos, tanto o de Cáceres como o de Sapezal, o secretário adjunto de Transportes do governo estadual Alexandre Corrêa de Melo, Adotou como medida imediata o envio de engenheiro para verificar os pontos críticos e fazer um diagnóstico real da situação. Conforme o secretário, em Cáceres a alternativa deverá ser a criação de uma patrulha mecanizada para atender a região.
Já em Sapezal a situação é mais complicada, pois a rodovia Nova Fronteira corta uma aldeia indígena e qualquer obra no local depende de autorização de instituições federais, como a Fundação Nacional do Índio (Funai).”A pavimentação entre Sapezal e Campo Novo do Parecis faz parte das ações do governo estadual, porém, depende da conclusão dos estudos de impacto ambiental que uma empresa de consultoria está realizando na região.
Até uma solução definitiva não chega a saída, segundo os produtores da região e realizar trabalhos de recuperação e terraplanagem para garantir a trafegabilidade e o escoamento de grãos. A primeira medida a ser adotada pela secretaria, segundo Alexandre Corrêa, será a realização de um levantamento em toda a rodovia para identificar os pontos mais críticos e então definir sobre a viabilidade do trabalho de recuperação da Nova Fronteira.
Para o deputado federal e presidente da Famato Homero Pereira, o mais importante no momento e garantir o escoamento da safra e condição de transito para as milhares de pessoas que necessitam destas estradas “Assim que houver uma definição da Sinfra, nós estaremos prontos para pleitear junto ao governador Blairo Maggi, prioridade para estas obras.” Informou Pereira.
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