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Meio Ambiente
Terça - 27 de Março de 2007 às 00:24

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O risco geral de morte entre as mulheres, especialmente por causa de doenças do coração, pode ser reduzido com uma dose de uma a 14 aspirinas por semana, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e do Centro Médico de Harvard revelaram que as mulheres que tomaram aspirinas de forma regular durante os 24 anos que durou o estudo mostraram 25% menos de risco de sofrer doenças cardiovasculares.

Das cerca de 80 mil mulheres estudadas, 45.300 afirmaram não tomar aspirinas. Outras 29 mil tomavam de uma a 14 comprimidos por semana, e 5 mil consumiam doses ainda maiores.

Andrew Chan, principal autor do relatório, e sua equipe de trabalho explicaram na edição semanal do "Archives of Internal Medicine" que "houve uma redução significativa na mortalidade de origem cardíaca nos primeiros cinco anos de uso contínuo da aspirina".

"Por outro lado, não surgiu uma redução significativa na mortalidade por câncer, com 10 anos de consumo regular", afirmaram.

Os pesquisadores afirmaram que a aspirina pode ajudar as pessoas a viver mais tempo por reduzir a inflamação e diminuir o dano causado às células pela exposição ao oxigênio.

"Doses moderadas ou baixas de aspirina nas mulheres reduzem de forma significativa o risco de mortalidade, particularmente nas idosas e nas que apresentam fatores de risco cardíaco", conclui o relatório.

Os dados foram extraídos de um estudo iniciado em 1976 que acompanhou em detalhes a saúde das mulheres, que não registravam doença coronária no começo da pesquisa.

De 1980 a 2004, a cada dois anos, os pesquisadores perguntaram às participantes do estudo se elas tomavam aspirinas freqüentemente e, em caso afirmativo, quantas por dia.

O próprio "Archives of Internal Medicine" lembrou outro relatório de 2005 sobre o mesmo tema. Cerca de 40 mil mulheres haviam sido acompanhadas ao longo de 11 anos, e a conclusão tinha sido de que "a aspirina não tinha efeito algum na redução das doenças cardiovasculares".

John Baron, do Centro Médico de Dartmouth, afirmou à publicação que "as descobertas de Chan não podem ocultar o fato de que a aspirina não é particularmente efetiva para prevenir as doenças cardiovasculares nas mulheres".

Chan, porém, considerou que os resultados do relatório "não obrigam as mulheres a tomar aspirinas", mas apóiam a necessidade de "uma pesquisa contínua sobre seu uso para a prevenção de doenças crônicas".




Fonte: EFE

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