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Politica Brasil
Segunda - 26 de Março de 2007 às 10:23

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O senador Jaime Campos (PFL-MT) propôs a criação de um fundo para o arrendamento de biomassa. A medida tem como finalidade, segundo ele, criar um novo mecanismo para financiar a defesa do ecossistema. Na prática, agricultores e pecuaristas atingidos pela Medida Provisória 2166, que reduz a área de desmatamento de propriedades em região de floresta de 50% para 20% do perímetro, teriam direito a uma indenização temporária de suas fazendas.

“Mato Grosso vive uma contradição: de um lado, se apresenta como a mais promissora fronteira agrícola do mundo; de outro, é visto como principal reserva biológica do planeta” – ele destacou, em discurso no Senado em que se discutiu as causas ambientais em função das comemorações do Dia Internacional das Águas. Este paradoxo, afirma o parlamentar, conseguiu diminuir enormemente a atividade agrícola no território.

Segundo o senador de Mato Grosso, a redução da área de desmatamento em propriedades em região de floresta, “parece uma medida exagerada”. Contudo, ele salientouq eu para o restante da humanidade, “é mais um freio contra os efeitos das agressões à natureza”.

Jaime Campos também disse que sua sugestão tem um caráter pró-ativo, porque “não só ajuda a preservar nosso ecossistema, como devolve dignidade a centenas de milhares de brasileiros que migraram para as regiões de cerrado e floresta, com o sonho de plantar e colher um país produtivo e rico”. O parlamentar quer a implantação de contribuições voluntárias de organismos nacionais e estrangeiros, e a aplicação de multas sobre atividades poluidoras, como fonte de receita para esse fundo.

“Trata-se, logicamente, de uma proposta ambiciosa, porque inverte a lógica dos programas de reflorestamento e de recuperação de áreas degradadas, pois investe na conservação de matas não derrubadas, protegendo complexos ecossistemas que preservam um universo biológico extraordinário”. Para ele, o arrendamento vai assegurar renda aos proprietários, “desestimulando fraudes e a manipulação de áreas de reserva”. Jaime também confia que os empresários rurais terão tempo para reorganizar suas atividades, investindo em tecnologia e novas formas de exploração dos recursos naturais.

Mesmo fazendo um discurso duro, o senador mato-grossense não se mostrou pessimista, pois, segundo imagina, “a crise climática que tanto nos assusta pode abrir novas perspectivas para a convivência harmônica entre o ser humano e seu ambiente”. Ele foi categórico: “Precisamos aquecer nossa inteligência para buscar novas saídas”.





Fonte: 24HorasNews

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