Jovens do campo participam de encontro no DF
A criação de uma secretaria nacional de educação no campo, para dar atenção diferenciada ao estudo no meio rural está entre as propostas trazidas para o encontro. Erradicar o analfabetismo entre a juventude do campo é outro ponto em debate.
"Precisamos que as escolas estejam próximas de onde está a população do campo e não que a juventude saia do campo para estudar na cidade", afirma a coordenadora da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Maria Elenice Anastácio.
Antes da etapa nacional do festival os jovens rurais realizaram encontros nos estados, onde discutiram os problemas enfrentados em cada região e assim elaboraram propostas específicas. Durante as reuniões nos estados, os jovens perceberam que interiorizar as universidades públicas para que o acesso ao ensino superior se estenda a quem está longe das cidades é uma ação que merece atenção dos poderes públicos.
Quando o assunto é esporte e cultura, Maria Elenice Anastácio, explica que é preciso uma política de esportes para o campo que vá além da simples construção de quadras de futebol e a instalação de pontos de cultura.
Durante os quatro dias de debate, os jovens pretendem ir ao Congresso Nacional para encontrar deputados, senadores e também ministros para colocar suas reivindicações e pedir a aprovação do Plano Nacional de Juventude. "Queremos a aprovação por que achamos que é um avanço significativo e queremos que o Plano seja assumido como uma política de Estado". Eles irão ainda realizar uma mobilização, no dia 29, contra a redução da maioridade penal.
A intenção dos jovens é entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao final do encontro, a Carta da Juventude com o conjunto de reivindicações debatidas durante o Festival da Juventude Rural.
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